Autor
João Alfredo Correia de Oliveira
Resumen
Rascunho autógrafo de extensa carta tratando da questão a que chama de "maçônica" na Província de Pernambuco. Confessa estar inquieto e receia que as manifestações de resistência aos atos do bispo prossigam e perturbem a ordem pública. Prevê que D. Vital irá ter contra si quase toda a população do Recife. Respeita os motivos de consciência do prelado, mas que sua posição como ministro é difícil desde que "segundo o nosso direito não podem ter execução na Império as bulas que não estão placitadas". Tem ouvido a opinião de várias pessoas respeitáveis, inclusive bispos e sacerdotes, que são unânimes em reconhecer que embora "V. Ex. esteja na regra canônica, este poder ter diferente aplicação". Faz um histórico comentado da maçonaria, sociedades outras e até outras religiões que funcionaram livremente na Brasil. Embora digam ser ele maçon, declara que apenas foi iniciado há uns quinze anos, assistindo somente três ou quatro sessões, e logo depois afastou-se para tranquilizar sua "consciência de católico". Estende-se em longas considerações e conclui dizendo que fala como um filho obediente, amigo dedicado, confiando na eficácia da prudência e do patriotismo do bispo.