masterThesis
Desnutrição proteica perinatal, pós-desmame e plasticidade fenotípica: um estudo da resposta adaptativa preditiva
Registro en:
Autor
Luz Neto, Laércio Marques da
Institución
Resumen
A partir da hipótese de que manter os descendentes com a mesma dieta materna gera uma resposta “preditiva-adaptativa’, reduzindo risco de distúrbios metabólicos, objetivou-se estudar alguns parâmetros fisio-metabólicos nas mães e descendentes machos submetidos à dieta hipoprotéica na vida perinatal seguida ou não de dieta normoprotéica pós-desmame. Ratos machos da linhagem Wistar da UFPE, provenientes de 11 ratas primíparas que receberam dieta hipoprotéica (LP) ou normoproteica (C) na gestação/lactação, formaram 3 grupos segundo dieta pós-desmame: CC (controle com caseína-normoproteica), LPp (hipoprotéico, com caseína-hipoproteica) e LPC (hipoproteico, e “recuperado” com caseína-normoproteica). Avaliou-se nos filhotes e mães: evolução ponderal, ingestão de ração, peso de órgãos e parâmetros bioquímicos. Nos filhotes também determinou-se gordura hepática e teste de tolerância oral à glicose. A dieta hipoprotéica causou maior variação de peso, redução do consumo de ração, hipercolesterolemia e maior gordura abdominal nas lactantes. Nos filhotes, causou déficit do peso e comprimento corporal. Porém, o uso de dieta caseína-normoproteica pós-desmame melhorou a massa corporal e comprimento longitudinal, comprovando catch-up de crescimento. Outros parâmetros observados no grupo LPC se assemelharam ao CC. A manutenção dos filhotes com dieta hipoproteica causou aumento percentual de peso similar ao CC pós-desmame, mas sem ocorrência de catch-up; maior tolerância à glicose, e, menor gordura visceral. A dieta hipoprotéica causou danos ao organismo em mães e prole, e, a dieta de recuperação foi eficaz no catch-up de crescimento. Portanto, os resultados obtidos com a continuidade da dieta LP nos permite concluir a existência de um possível estado de resposta preditiva-adaptativa. CAPES