masterThesis
Efeito da Beta-lapachona na Inibição de Fatores de Virulência de Staphylococcus aureus meticilina-resistentes (MRSA)
Registro en:
SOUZA, Andréa das Neves Guedes de. Efeito da beta-Lapachona na inibição de fatores de virulência de staphylococcus aureus meticilina-resistentes (MRSA). Recife, 93 f. : Dissertação (mestrado) - UFPE, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-graduação em Patologia, 2012.
Autor
Souza, Andréa das Neves Guedes de
Institución
Resumen
Introdução: Staphylococcus aureus resistente a meticilina (MRSA) são atualmente um
grave problema de saúde pública. Este micro-organismo além de produzir diversos
fatores de virulência tornando-o altamente patogênico, é resistente à quase todos os
antimicrobianos utilizados na clínica médica, restando poucas alternativas terapêuticas.
Diante deste fato, torna-se urgente a busca por novos agentes antimicrobianos e nesta
perspectiva, os compostos de origem vegetal têm sido alvo de várias pesquisas em todo
o mundo. Objetivos: Avaliar a atividade antimicrobiana da β-lapachona e sua ação
inibitória sobre a biossíntese de catalase, hemolisinas e biofilme por 12 cepas MRSA.
Métodos: A concentração inibitória mínima (CIM) da β-lapachona foi determinada
frente às cepas MRSA através da técnica de microdiluição em caldo. A biossíntese de
catalase foi avaliada semi-quantitativamente através do teste em tubo, colocando em
contato o inóculo bacteriano exposto ou não exposto à β-lapachona com o peróxido de
hidrogênio a 3% e em seguida foi realizada a aferição da altura da efervescência gerada
pela liberação de oxigênio gasoso. Para determinação das hemolisinas extracelulares, foi
realizado um teste utilizando hemácias de carneiro para avaliação da atividade
hemolítica do sobrenadante das culturas expostas ou não expostas à β-lapachona. A
formação de biofilme foi determinada em placas de microtitulação de poliestireno
utilizando cristal violeta para coloração do biofilme formado e procedendo-se à leitura
espectofotométrica da densidade óptica no comprimento de onda de 595nm.
Resultados: A CIM de β-lapachona para as cepas MRSA avaliadas variou de 8μg/mL a
32μg/mL. A biossíntese dos fatores de virulência avaliados foi reduzida
significativamente em todas as cepas MRSA. Conclusão: a β-lapachona possui
atividade antiestafilocócica e que foi capaz de reduzir a biossíntese de fatores de
virulência nas cepas MRSA avaliadas. Assim este composto pode ser incluído no
arsenal de substâncias naturais bioativas com potencial de serem utilizadas como
alternativa na terapêutica antimicrobiana contra MRSA após estudos de compatibilidade
in vivo e toxicidade. Pode servir também como protótipo para produção de novas
moléculas mais ativas e menos tóxicas.