masterThesis
Criptato de lantanídeo como nova sonda luminescente para histoquímica com lectinas em tecidos mamários humanos transformados
Registro en:
BRANDÃO, J. M. Criptato de lantanídeo como nova sonda luminescente para histoquímica com lectina em tecidos mamários humanos transformados. 2012. Dissertação (Mestrado). Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Pernambuco, Brasil.
Autor
BRANDÃO, Juliana Mendes
Institución
Resumen
Introdução: Estudos histoquímicos têm mostrado que alterações quantitativas e
qualitativas são observadas em glicoconjugados da superfície celular durante o
processo neoplásico. A histoquímica com lectinas é uma ferramenta que pode
auxiliar no diagnóstico do câncer ao analisar o conteúdo sacarídico do tecido
envolvido. A dificuldade em encontrar um método preciso para o diagnóstico do
câncer de mama tem conduzido pesquisas em busca deste objetivo. Criptatos de
európio são complexos com propriedades luminescentes que absorvem radiação
ultravioleta e emitem no comprimento de onda na faixa do visível. Biomoléculas
conjugadas aos criptatos podem funcionar como sondas luminescentes. Objetivos:
Este trabalho teve como objetivo avaliar o potencial de novos macrociclos de
lantanídeos conjugados a lectinas como sondas luminescentes para o diagnóstico
e/ou prognóstico de tumores de mama empregando a histoquímica com lectinas.
Metodologia: As lectinas UEA-I (Ulex europeus agglutinin) e Con A (Concanavalina
A), ambas a 200 μg/mL e específicas para L-fucose e D-glicose/D-manose,
respectivamente, foram conjugadas ao criptato de Eu3+ (0,13 e 0,88 mg) por ligação
direta utilizando como solvente o tampão fosfato de sódio 10mM pH 7,2, contendo
NaCl 150mM (PBS). A caracterização dos conjugados foi realizada por meio da
atividade hemaglutinante (AH), dicroísmo circular e ensaios de luminescência. Vinte
e quarto biópsias de tecidos mamários (fibroadenoma - FIB, tumor benigno, n=10);
carcinoma ductal invasivo (CDI, tumor maligno, n=10) e tecido normal (controle, n=4)
foram incubadas por 2 h com os conjugados na histoquímica com lectinas. Lectinas
conjugadas com FITC também foram utilizadas. Por fim, os tecidos foram analisados
em espectrofluorímetro e a intensidade de emissão usada para comparação entre as
amostras. Resultados: As análises para caracterizar os conjugados mostraram que
o reconhecimento a carboidratos pelas lectinas e as propriedades luminescentes do
criptato de Eu3+ foram mantidas após a conjugação. Quanto à marcação em tecido,
não foi registrada emissão em amostras controles. FIB e CDI exibiram marcação
apenas quando marcadas com Con A-cript(Eu3+) (emissão média de 12x106 u.a em
FIB e 9,5 x 106 u.a. em CDI). Todos os tecidos foram positivos quando tratados com
lectinas conjugadas ao FITC, sendo o tecido normal marcado com maior intensidade
pela UEA-I e o CDI, pela lectina Con A. Conclusão: A intensidade de luminescência
das sondas mostrou padrões diferentes, refletindo a expressão de carboidratos nos
tecidos estudados. O conjugado Con A-crip(Eu3+) se destaca como sonda
luminescente potencial para a histoquímica com lectinas, uma vez que apresentou
marcações equivalentes aquelas resultantes do uso do FITC tornando-se útil como
ferramenta auxiliar para o diagnóstico. CNPQ