masterThesis
Efeito do déficit hídrico e da remoção da cera epicuticular nas trocas gasosas em Jatropha mollisima e Jatropha curcas
Registro en:
Autor
FIGUEIREDO, Karla Viviane de
Institución
Resumen
O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito da restrição hídrica e da remoção da cera
epicuticular no mecanismo de trocas gasosas em Jatropha curcas L. e Jatropha mollissima
(Pohl) Baill., em casa de vegetação. O experimento obedeceu ao delineamento em blocos ao
acaso, com 2 espécies, 2 tratamentos (controle e estressado - 80% e 25% da capacidade do
pote, respectivamente), 2 tipos de folha (com e sem cera) e 7 repetições. Foram analisados
conteúdo hídrico relativo (CHR), condutância estomática (gs), assimilação (PN), transpiração
(E), temperatura foliar (Tf), teor e composição da cera e os n-alcanos cuticulares. Além disso,
carboidratos solúveis totais (CST), aminoácidos livres totais (ALT), proteínas solúveis totais
(PST) e o conteúdo de clorofila também foram avaliados. Ambas as espécies mantiveram o
CHR elevado mesmo sob restrição hídrica (J. cucas: 70-80%; J. mollissima: 80-90%) e
apresentaram eficiente controle estomático que refletiu em reduções nas taxas de assimilação
e transpiração nas plantas sob estresse hídrico. As folhas dos indivíduos que tiveram a cera
epicuticular removida apresentaram taxas reduzidas de gs, PN e E apenas nos primeiros dias
do estresse, atingindo valores semelhantes aos seus grupos de referência a partir do quinto dia
do estresse. Ainda, as duas espécies apresentaram Tf superior a temperatura ambiente e um
aumento foi observado em plantas sob restrição hídrica. A Tf também foi afetada pela
remoção da cera, com as folhas desse tratamento apresentando de 1,5 °C a 2,5 °C a mais que
sua folhas de referência. Foi observado também, aumento de aproximadamente 70% no teor
de cera epicuticular nos indivíduos sob restrição hídrica, entretanto, uma análise qualitativa do
extrato da cera epicuticular não mostrou diferenças na composição química de acordo com o
tratamento hídrico, sendo composta predominantemente por ácidos graxos/triterpenos ácidos,
triterpenos alcoólicos/alcoóis primários e n-alcanos. Mas a análise quantitativa mostrou
diferença na abundância relativa dessa classe, com predomínio do C31 (cerca de 45%) em J.
mollissima e do C29 (cerca de 30%) em J. curcas. Apesar das alterações nas trocas gasosas
não foi observado diferença quanto ao metabolismo de CST, ALT, PT e clorofila. Os
resultados sugerem que plantas jovens de J. mollissima e J.curcas são capazes de tolerar
déficit hídrico, mantendo seu metabolismo e que a integridade da cera é fundamental para
manutenção das trocas gasosas. CAPES