masterThesis
Alongamentos de músculos da caixa torácica e seus efeitos agudos sobre as variações de volume da parede toracoabdominal e a atividade eletromiográfica na doença pulmonar obstrutiva crônica
Registro en:
SÁ, Rafaela de Barros. Alongamento de músculos da caixa torácica e seus efeitos agudos sobre as variações de volume da parede toracoabdominal e a atividade eletromiográfica na doença pulmonar obstrutiva crônica. Recife, 2012. 83f. : Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Pernambuco. CCS. Fisioterapia, 2012.
Autor
SÁ, Rafaela Barros de
Institución
Resumen
Apesar de alguns estudos demonstrarem a importância terapêutica do
alongamento em certos grupos musculares, há uma carência de informações a
respeito dos efeitos agudos do alongamento no tratamento de alterações dos
músculos respiratórios na doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Objetivos:
Analisar os efeitos agudos do alongamento de músculos da caixa torácica sobre as
variações de volume da parede toracoabdominal e a atividade eletromiográfica de
músculos respiratórios de pacientes com DPOC. Métodos: Este foi um estudo
controlado e randomizado, envolvendo 28 pacientes com DPOC divididos entre dois
grupos: 14 sujeitos para grupo tratamento (GT) e 14 para grupo controle (GC). O GT
(11 homens/3 mulheres; idade 61,79±8,31 anos; índice de massa corpórea (IMC)
24,02±3,75 kg/m2; volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1)
48,79±18,91 % predito; relação VEF1/capacidade vital forçada (CVF) (60,25±14,02)
era composto por pacientes que eram submetidos a um programa de alongamentos
de músculos da caixa torácica. O GC (10 homens/4mulheres; idade 62,38 ± 8,33
anos; IMC 24,43 ±3,59 kg/m2; VEF1 50,62±18,34% predito; VEF1/CVF 63,43
±11,62) permaneceu em repouso em condições semelhantes ao GT. Os sujeitos
eram avaliados antes e imediatamente após uma intervenção quanto às variações
de volume da parede toracoadominal, através da pletismografia optoeletrônica
(POE) e quanto à atividade eletromiográfica dos músculos trapézio superior,
esternocleidomastóideo, escaleno, peitoral maior e diagrama. Resultados: Após
uma sessão dos alongamentos, houve um aumento significativo nas variações dos
volumes correntes nos compartimentos caixa torácica pulmonar (Vc,ctp) (p=0,020),
caixa torácica abdominal (Vc,cta) (p=0,043) e seus percentuais em relação à parede
toracoabdominal (%Vc,ctp, p=0,044; %Vc,cta, p= 0,022). Além disso, houve redução
na freqüência respiratória (FR) (p=0,011), na ventilação minuto (VM) (p=0,035) e
prolongamento do tempo expiratório (Te) (p=0,026). Houve reduções imediatas nas
atividades elétricas dos músculos esternocleidomastóideo (p=0,043) e trapézio
superior (p=0,034) entre os grupos. Conclusão: Os efeitos agudos do alongamento
de músculos da caixa torácica demonstraram benefícios na variação de volumes da
caixa torácica e no padrão ventilatório, além de reduções na atividade elétrica dos
músculos esternocleidomastóideo e trapézio superior em pacientes com DPOC. Os
resultados sugerem que os alongamentos de músculos da caixa torácica podem ser
incluídos no tratamento de pacientes com DPOC.