doctoralThesis
Planejamento da Operação de Reservatório Objetivando a Melhoria da Qualidade da Água: Estudo de Caso No Agreste Pernambucano
Registro en:
Autor
BARBOSA, Ioná Maria Beltrão Rameh
Institución
Resumen
O aporte de nutrientes constitui-se um dos maiores problemas em reservatórios artificiais. A eutrofização desencadeada pelo excesso de nitrogênio e fósforo em corpos hídricos tem despertado a atenção do Poder Público em função do perigo que estas águas oferecem, principalmente quando utilizadas para o abastecimento humano. Esta pesquisa desenvolveu-se no reservatório Jucazinho, que abastece cerca de 800 mil habitantes e está localizado na Bacia do rio Capibaribe, no Agreste pernambucano. O trabalho teve como objetivo definir estratégias de operação do reservatório, visando à redução das concentrações de fósforo total e, consequentemente, a tendência à eutrofização das águas. A metodologia do balanço de massa foi adotada para simular concentrações de fósforo total no reservatório, embasada em cenários de reduções do aporte deste nutriente devido ao tratamento dos efluentes domésticos e industriais das lavanderias de jeans a montante de Jucazinho, no volume mensalmente retirado pela COMPESA (Companhia Pernambucana de Saneamento) e no que deve ser liberado pela descarga de fundo. Com os cenários previstos foram avaliados os horizontes de recuperação da qualidade da água represada no manancial quanto à concentração de fósforo. A meta foi definir volumes mensais de descarga que possibilitem reduzir as concentrações deste nutriente ao nível recomendado pela Resolução CONAMA 357/05. Em articulação com a COMPESA e a APAC (Agência Pernambucana de Águas e Clima) procedeu-se um teste experimental de funcionamento da descarga de fundo, estabelecendo-se monitoramento da água liberada e avaliando-se o seu impacto no trecho a jusante de Jucazinho. Os cenários simulados indicaram que a operação adequada do reservatório para a renovação da água e a implantação de padrões elevados de tratamento dos esgotos podem levar à recuperação do manancial a médio prazo (11 anos).