masterThesis
Relação entre condições de trabalho e saúde vocal de professores no ensino superior
Registro en:
ALBUQUERQUE, Aluísia Guerra. Relação entre condições de trabalho e saúde vocal de professores no ensino superior. Vitória de Santo Antão, 2013. 67 f. Dissertação (mestrado) - UFPE, Centro Acadêmico de Vitória, Programa de Pós-graduação em Saúde Humana e Meio Ambiente, 2013.
Autor
ALBUQUERQUE, Aluísia Guerra
Institución
Resumen
O estudo teve como objetivo investigar a relação entre as condições de trabalho e
saúde vocal de professores no ensino superior. A pesquisa foi desenvolvida em duas
instituições do Município de Vitória de Santo Antão – PE, uma pública e outra privada, ao
todo participaram 143 docentes (pública= 88, privada=55). Foi utilizado um questionário
validado auto-aplicável para coleta dos dados, os quais foram analisados por meio de
estatística descritiva e inferencial, com nível de significância a 5%, foi empregado o teste
qui-quadrado para verificar diferenças e associação entre os aspectos estudados. Foram
encontrados os seguintes resultados: predominância feminina na instituição pública (69,3%)
e masculina na instituição privada (50,9%); a faixa etária 22 a 39 foi prevalente em ambas
as instituições; a renda mensal individual foi maior entre os professores da pública (>9
salários mínimos) que na privada (6 a 9 salários mínimos). A média do tempo de docência
foi maior na instituição privada-11 anos do que na pública- 9 anos; a carga horária semanal
variou de 3h a 45h em ambas as instituições; docentes da pública trabalham dois turnos e
os da privada um turno (p<0,001); docentes que possuem outro trabalho além da docência
(pública= 6,8%, privada= 83,6%, p<0,001); as aulas expositivas predominam em relação a
outros métodos de ensino em ambas as instituições, assim como foi predominante levar
trabalho para casa. Houve diferenças entre as instituições em relação à presença de poeira
(pública= 68,2%, privada= 36,4%), ausência de temperatura agradável (pública= 6,8%,
privada= 56,4%), exposição a produtos químicos (pública= 62,5%, privada= 14,6%) e
tamanho da sala adequado (pública= 8,0%, privada= 25,5%). Em relação aos hábitos
deletérios para a voz, apenas dois prevaleceram em ambas as instituições, o falar muito e
falar alto. Os sintomas vocais mais citados foram: rouquidão, falhas na voz e voz fraca e as
sensações laríngeas: garganta seca, pigarro, tosse seca e cansaço ao falar. Foi identificado
um percentual pequeno de professores disfônicos (28%). A maior parte dos docentes (65%)
nunca receberam orientações e cuidados com a voz. As causas das alterações vocais mais
citadas foram o uso intensivo da voz e o estresse. No estudo não foi encontrada associação
significativa entre os aspectos organizacionais, ambientais e hábitos com a ocorrência de
disfonia. O estudo mostrou que há diferenças significativas entre as instituições quanto a
alguns aspectos organizacionais e ambientais, e identificou hábitos deletérios para a saúde
vocal dos docentes em ambas as instituições. É preciso que instituições e professores
tomem medidas de cuidados, para minimizar e/ou eliminar aspectos que contribuem para o
surgimento de distúrbios vocais relacionados ao trabalho. CAPES/Propesq/UFPE