masterThesis
O direito à saúde em Maceió-AL: uma análise do acesso ao Programa Saúde da Família (2000-2004)
Registro en:
Rosa Barbosa Rabelo Santos, Flaviana; Cristina de Souza Vieira, Ana. O direito à saúde em Maceió-AL: uma análise do acesso ao Programa Saúde da Família (2000-2004). 2006. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Serviço Social, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2006.
Autor
Rosa Barbosa Rabelo Santos, Flaviana
Institución
Resumen
A Constituição Federal de 1988 é considerada um marco para o reconhecimento
formal dos direitos sociais. No campo da saúde, especificamente, considera-se o
direito à saúde e sua base jurídico-legal universalista, igualitária e solidarista um
avanço para a população brasileira. Contudo, a garantia do direito à saúde, através
do Sistema Único de Saúde (SUS), ocorreu em tempos neoliberais, quando foram
adotados mecanismos de racionamento orçamentário no financiamento público, o
que trouxe como conseqüência para o sistema de saúde a seletividade do
atendimento e a segmentação de camadas populacionais, elegendo como critério
para acesso aos serviços públicos de saúde a condição de pobreza dos indivíduos.
Na realidade brasileira, face à oferta de uma rede de serviços de saúde insuficiente
para uma demanda crescente e diversificada, o acesso tem sido considerado critério
para a disponibilidade de serviços que atendam às necessidades de saúde da
população. É nesse contexto que o Programa Saúde da Família (PSF) se insere,
como estratégia da política de saúde, considerado pelo Ministério da Saúde como
porta de entrada ao SUS, capaz de referenciar os usuários à atenção de média e
alta complexidade na tentativa de expandir o acesso à saúde a um maior número de
cidadãos, principalmente entre os mais pobres, na medida em que se direciona à
população em situação de vulnerabilidade social. Através de pesquisa qualitativa e
documental, e com o objetivo de verificarmos como o direito à saúde tem sido
garantido a partir do acesso aos serviços de saúde pelo PSF em Maceió-AL, no
período de 2000 a 2004, percebemos que mesmo havendo um aumento da
cobertura populacional entre esses anos, em 2004 o PSF cobriu apenas 24,74% da
população maceioense, quando em 2000 a proporção de pobres era de 38,8% da
população do município. Mesmo com essa cobertura baixa, os indicadores de saúde
produzidos a partir dos atendimentos realizados pelo programa apontaram impacto
positivo na saúde da criança e da mulher e no controle de morbidades, a exemplo da
hipertensão. Nesse sentido, podemos afirmar que a efetivação do direito à saúde em
Maceió-AL, através da ampliação do acesso pelo PSF, tem ocorrido de modo
restrito, face à cobertura insuficiente do programa