masterThesis
A socialização para cooperação: uma análise de práticas de educação não-formal
Registro en:
Figueredo Benzaquen, Júlia; Weber, Silke. A socialização para cooperação: uma análise de práticas de educação não-formal. 2006. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Sociologia, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2006.
Autor
Figueredo Benzaquen, Júlia
Institución
Resumen
A questão principal desta pesquisa é: quais são e como são desenvolvidas
práticas de educação não-formal que socializam o valor cooperativo. Assumindo as
discussões da dicotomia comunidade e sociedade, do crescente processo de
individualização, do individualismo característico do contexto capitalista e das teorias
da socialização, fazemos um estudo de caso em um grupo cultural do Programa de
Animação Cultural (PAC). Partimos do pressuposto de que a economia solidária, prática
baseada na solidariedade, e a educação popular se apresentam como espaços potenciais
para a socialização do valor cooperativo. O contexto do nosso caso é apresentado a
partir da sua história, estrutura e objetivos, das atividades de capacitação para os
educadores não-formais, da escola na qual o grupo está inserido e do grupo em si. Nossa
atenção está voltada para a cooperação, ou seja, ao fazer junto, e ao valor cooperativo,
que se aproxima da idéia de solidariedade, implicando empatia e comprometimento com
o outro. Através de observação participante, entrevistas e análise documental fazemos
uma descrição etnográfica utilizando alguns indicadores de práticas cooperativas, como
por exemplo: atividades realizadas em grupo e estímulo de respeito ao outro. O
Animador Cultural do grupo propiciou oportunidades de socialização do valor
cooperativo, mas por sua identificação com o papel do professor, ele falou mais sobre as
práticas cooperativas do que oportunizou momentos de vivência delas. Este estudo
permitiu aprofundar a compreensão de mecanismos de socialização do valor
cooperativo na educação não-formal e ao mesmo tempo perceber a presença de valores
societários individualistas, como obstáculo a considerar