masterThesis
Avaliação da deficiência do hormônio de crescimento : influência do estado nutricional
Registro en:
Selma Soares Lins, Thereza; Alves Pontes da Silva, Giselia. Avaliação da deficiência do hormônio de crescimento : influência do estado nutricional. 2006. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do Adolescente, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2006.
Autor
LINS, Thereza Selma Soares
Institución
Resumen
Objetivo: A possibilidade de diagnosticar adequadamente a deficiência de hormônio
de crescimento (GH), em crianças e adolescentes com excesso de adiposidade,
motivou a realização desta dissertação de Mestrado, apresentada sob a forma de
um artigo de revisão e um artigo original, que teve o objetivo de avaliar a influência
do sobrepeso nas respostas aos testes de estímulos do hormônio de crescimento.
Métodos: Foi feita uma revisão sobre métodos laboratoriais para dosagem do GH,
testes estimulatórios da secreção do GH e efeitos da obesidade sobre o hormônio de
crescimento. As informações foram coletadas nas últimas duas décadas, utilizando
as bases de dados Medline, Lilacs, MD Consult, livros técnicos e publicações
internacionais. Outros artigos foram identificados a partir de referências bibliográficas
citadas nos primeiros artigos. Concomitantemente, foi realizado um estudo
exploratório para comparar a liberação do GH aos testes provocativos, entre
crianças e adolescentes com baixa estatura e com sobrepeso e risco de sobrepeso e
crianças e adolescentes com baixa estatura e peso adequado, encaminhados para o
Centro de Referência do Programa do Hormônio de Crescimento da Secretaria
Estadual de Saúde de Pernambuco, no período de janeiro de 1994 a dezembro de
2004.
Resultados: A revisão da literatura revela uma grande variabilidade dos resultados
de diferentes ensaios do GH, ausência de consenso sobre os valores de corte da
normalidade aos testes provocativos, em crianças e adolescentes e por último, as
principais teorias que justificam o comportamento do eixo GH / IGF-1 na obesidade.
No estudo exploratório, foram analisados 146 crianças e adolescentes; entre os 25
pacientes com índice de massa corpórea (IMC) maior ou igual ao percentil 85, o grau
de concordância nas respostas dos testes de clonidina e hipoglicemia insulínica foi 88% (22 / 25), não diferindo do grupo com peso adequado, 87,6% (106 / 121). As
respostas dos testes de clonidina e hipoglicemia insulínica foram semelhantes, em
ambos os grupos.
Conclusão: No artigo de revisão observa-se que mensurações acuradas e
universalmente válidas do GH seriam altamente desejáveis, mas por várias razões,
esse objetivo permanece ilusório. Com o desenvolvimento de ensaios mais sensíveis
e específicos, é necessária nova definição do valor de corte para os testes
provocativos, não havendo consenso nacional ou internacional sobre o assunto. O
mecanismo fisiopatológico responsável pela hiposecreção do GH na obesidade é,
provavelmente, multifatorial. No artigo original, os resultados sugerem que o
sobrepeso não parece apresentar efeito sobre as respostas dos testes provocativos
do GH. Quando se investiga a relação entre a secreção do GH e a composição
corporal em crianças e adolescentes, é importante utilizar os métodos mais acurados
e precisos possíveis para a análise da composição corporal