masterThesis
Até o apagar da velha chama: satisfação sexual entre homens idosos cadastrados no Programa Saúde da Família
Registro en:
xavier de Lima e Silva, Viviane; Paula de Oliveira Marques, Ana. Até o apagar da velha chama: satisfação sexual entre homens idosos cadastrados no Programa Saúde da Família. 2008. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2008.
Autor
xavier de Lima e Silva, Viviane
Institución
Resumen
A sexualidade na velhice ainda é um tema pouco explorado, inclusive na prática clínica. Para
o PSF, que deve trabalhar com a lógica da prevenção e da promoção da saúde, essa
informação é fundamental para o cuidado integral dos cidadãos idosos. O presente trabalho
busca abordar aspectos da satisfação sexual entre homens idosos cadastrados no PSF.
Mediante entrevista face a face, foram estudados 245 homens de 60 a 95 anos, cadastrados no
PSF da microrregião 4.3 do Recife, através de questionário semi-estruturado, anônimo e prétestado.
A maior parte dos entrevistados foi composta por pardos (51,8%), católicos (67,2%),
aposentados (90,6%), com renda familiar de até dois salários mínimos (71,1%) e média de 3,5
anos de estudo. Quase metade classifica sua saúde como regular. 83,3% residem com uma
companheira e a maior parte deles (89,7%) considera este relacionamento como bom ou
ótimo. A maioria (73%) afirma permanecer sexualmente ativo, sendo os que têm idade até 70
anos e coabitam com uma companheira os de maior freqüência sexual. Grande parte (87,1%)
não utiliza nenhuma forma de proteção contra infecções transmitidas pelo sexo porque confia
na parceira (29%), não acha necessário (22%), só tem uma parceira fixa (16%) ou não gosta
de preservativos (16%). 18,1% se julgam sexualmente insatisfeitos, 32,7% são indiferentes e
49,1% se consideram satisfeitos. Foi observada associação significativa entre o grau de
satisfação dos idosos com sua vida sexual atual e a idade, a saúde auto-percebida, a satisfação
com a vida sexual antes dos 60 anos e a freqüência sexual atual. Independente da forma, a
sexualidade continua presente na vida dos homens maiores de sessenta anos. Não se pode
deixar de mencionar o papel da cultura onde estão imersos os entrevistados, sobre as questões
da masculinidade, da velhice e da sexualidade. As equipes de saúde da família parecem não
estar preparadas para lidar com esta realidade. A vivência da sexualidade e a interpretação
destas experiências por estes homens têm um caráter plural e assim devem ser encaradas pela
sociedade Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior