doctoralThesis
Nutrição, saúde e envelhecimento: um estudo com mulheres atendidas no núcleo de atenção ao idoso - NAI/UFPE
Registro en:
Campos Fell Amado, Tânia; Kruse Grande de Arruda, Ilma. Nutrição, saúde e envelhecimento: um estudo com mulheres atendidas no núcleo de atenção ao idoso - NAI/UFPE. 2006. Tese (Doutorado). Programa de Pós-Graduação em Nutrição, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2006.
Autor
AMADO, Tânia Campos Fell
Institución
Resumen
O envelhecimento das populações é uma realidade mundial, principalmente nos países em
desenvolvimento. No Brasil, essa realidade se sobressai pela rapidez com que vem
ocorrendo neste início de século. Por essa razão, observa-se uma rápida transição no perfil
de saúde em nosso país, com o predomínio das doenças crônicas não transmissíveis
(DCNT), entre as quais as cardiovasculares, destacando-se a hipertensão arterial (HA) e
aquelas associadas aos fatores de risco nutricional, como a desnutrição e a obesidade. Esse
trabalho teve como objetivo estudar a nutrição, saúde e o envelhecimento com mulheres
atendidas no Núcleo de Atenção ao Idoso NAI/UFPE. Foi elaborado um artigo de revisão
sobre os fatores de risco associados à hipertensão em idosos e realizada uma coleta de
dados, subsidiando dois artigos originais, um sobre crenças quanto a comportamentos de
saúde na prevenção de doenças. e outro abordando os aspectos alimentares, nutricionais e de
saúde de idosas. O delineamento metodológico no artigo de revisão foi do tipo descritivo, de
base documental e nos artigos originais foi utilizado um do tipo transversal e o outro, com
abordagem qualitativa. Os resultados evidenciaram uma população com 38,7% de préobesidade
(OMS) e 47,2% (Lipschitz) com excesso de peso. Quanto à pressão, 69% eram
hipertensas e 31% normotensas. As idosas hipertensas apresentaram média do IMC maior
(p= 0,03) do que as idosas normotensas. Com relação ao consumo, os grupos dos cereais e
dos pães foram os mais consumidos todos os dias pelas participantes, 89% e 82%
respectivamente, enquanto que as leguminosas foram consumidas por 53%, as verduras por
61% e as frutas por 66%. No que diz respeito à ingestão de água, 51,9% das idosas
consumiam de 1 a 4 copos por dia. Com relação às crenças quanto aos comportamentos para
prevenção de doenças, observou-se uma população preocupada com a saúde. As
participantes afirmaram que mudanças no estilo de vida trariam benefícios para pessoas da
mesma faixa etária e mencionaram barreiras, que dificultavam essas mudanças, quando se
referiram ao próprio estilo de vida. Os achados evidenciaram a necessidade de mais
investigações voltadas para os idosos, particularmente os mais vulneráveis aos fatores de
risco, com excesso de peso e consumo alimentar inadequado, para subsidiar o planejamento
de intervenções mais efetivas que atendam às especificidades desse grupo na aquisição de
hábitos saudáveis e motivação quanto às mudanças no estilo de vida