masterThesis
Cefaléia nos tumores intracranianos: caracterização clínica
Registro en:
José de Souza Costa Neto, Joaquim; Farias da Silva, Wilson. Cefaléia nos tumores intracranianos: caracterização clínica. 2004. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Neuropsiquiatria e Ciência do Comportamento, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2004.
Autor
COSTA NETO, Joaquim José de Souza
Institución
Resumen
A associação entre cefaléia e tumores intracranianos tem sido reconhecida ao longo do
tempo pela literatura médica. Variados padrões de dor têm sido descritos. A Classificação de
2003 da Sociedade Internacional de Cefaléia contempla, no grupo sete, as cefaléias atribuídas às
neoplasias intracranianas, estabelecendo seus critérios diagnósticos. O presente estudo teve
como objetivo descrever as características clínicas de cefaléias secundárias a tumores intracranianos,
estabelecendo, ainda, relação da dor de cabeça com variáveis como idade do paciente,
sexo, presença ou ausência de cefaléia pré-existente, topografia do tumor, hipertensão
intracraniano e grau de malignidade do tumor. Foram estudados 81 pacientes portadores de
tumores intracranianos, 40 do sexo masculino e 41 do sexo feminino, com idades variando entre
11 e 84 anos. Observou-se que cefaléia incidiu mais no grupo etário de 10-19 anos.
Preferencialmente a dor foi pulsátil, de localização frontal e de padrão evolutivo com
progressivo agravamento entre nossos pacientes. O exame neurológico esteve habitualmente
alterado pela presença do tumor. Registrou-se cefaléia na totalidade de pacientes portadores de
tumores da fossa posterior ou intraventriculares. Assinalou-se quase sempre a existência de uma
relação topográfica estreita entre uma cefaléia fixa unilateral a lateralidade do tumor. Constatouse
também que o tratamento neurocirúrgico foi eficaz em fazer remitir a cefaléia. Verificou-se
ademais que o padrão clássico de cefaléia decorrente de tumor intracraniano é pouco freqüente.
Concluiu-se pela inexistência de um padrão definido de cefaléia secundária a tumor
intracraniano, podendo o seu reconhecimento se dar a partir da caracterização de um curso
evolutivo com progressivo agravamento, sobretudo, na presença de alterações do exame
neurológico