masterThesis
Cefaléia em portadores de esclerose múltipla - caracterização e classificação
Registro en:
Raniere Pessoa de Aquino, Eduardo; Farias da Silva, Wilson. Cefaléia em portadores de esclerose múltipla - caracterização e classificação. 2007. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Neuropsiquiatria e Ciência do Comportamento, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2007.
Autor
AQUINO, Eduardo Raniere Pessoa de
Institución
Resumen
Para caracterizar cefaléia em portadores de esclerose múltipla, atendidos no Centro
de Referência para Atenção a Pacientes Portadores de Doenças Desmielinizantes
do Hospital da Restauração, até março de 2007, desenvolveu-se estudo transversal,
tipo série de casos, com amostragem por conveniência, incluindo 60 pacientes,
submetidos à investigação dirigida de sinais e sintomas de cefaléia. As variáveis
envolveram características: sócio-demográficas, da esclerose múltipla e da cefaléia.
Empregaram-se os programas EPI-INFO, versão 6.04d, e Statistical Package for
Social Sciences, versão 13.0, para organização e análise dos dados, utilizando os
testes de Qui quadrado e exato de Fisher, em nível de significância de 0,05. A
pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética do Hospital da Restauração. As
características predominantes foram: proporção feminino:masculino igual a 2,33:1,0,
30 a 69 anos de idade (76,7%), pele parda (88,4%); casado (49,1%), escolaridade
média ou superior (73,3%), forma clínica surto/remissão (76,7%) e EDSS entre zero
e três (8%). Referiram cefaléia 55% dos pacientes, correspondendo a proporção
feminino:masculino 4,5:1,0, predominantemente antecedendo sintomas iniciais de
esclerose múltipla (75,8). As prevalências de migrânea, cefaléia tensional e
neuralgia trigeminal foram 45,4%, 30,3% e 3%, respectivamente. Comparando os
grupos com e sem cefaléia, constatou-se acometimento significantemente maior do
sexo feminino (81,8% contra 18,2%), entre 30 e 69 anos de idade (87,9% contra
12,1%, dos mais jovens) e tempo de doença de 11 a 30 anos (48,5% contra 77,8%
daqueles com 10 anos). As lesões desmielinizantes em tronco encefálico foram
significantemente mais freqüentes em presença de cefaléia. Aventou-se a hipótese
de as lesões desmielinizantes em tronco encefálico, em pacientes com esclerose
múltipla, poderem atuar como fator desencadeante da cefaléia, em paciente do sexo
feminino, entre 30 e 69 anos idade e com maior tempo de doença