dc.description | Neste estudo se analisam os estilos de liderança praticados nas empresas pernambucanas com
base nos referenciais da literatura organizacional. A fundamentação teórica contempla as
teorias consideradas essenciais para a compreensão da liderança, tais como: as Teorias
Inatistas - trait approach, que permaneceram em evidência até o final dos anos 40; as Teorias
Comportamentais - style approach, desde então até o final dos anos 60; as Teorias
Contingenciais contingency approach, localizadas entre o final dos anos 60 e o começo dos
anos 80 e as Teorias Neocarismáticas new leadership approach, influenciando desde o
início dos anos 80 até hoje. Utilizou-se uma metodologia qualitativa, de análise de conteúdo,
baseada em entrevistas semi-estruturadas, realizadas em seis empresas pernambucanas de
médio e grande porte. Cada conjunto de teoria foi analisado através de oito categorias: Poder,
Processo de Tomada de Decisão, Comunicação, Dinâmica de Autonomia e Controle, Processo
de Hierarquia e Subordinação, Participação das Equipes (Formais e Informais), Avaliação e
Reconhecimento, Processo de Ensino-Aprendizagem. Os resultados demonstraram que existe
um estilo de liderança diferenciado, eclético e híbrido impregnado pela centralização do
poder. Cada empresa pratica aleatoriamente várias teorias de liderança, desde as inatistas até
as neocarismáticas, nas categorias investigadas. O que se constata é que as empresas refletem
a personalidade e o estilo do dono. Qualquer estilo de liderança se estabelece conforme
direção, pensamento, visão e comportamento dos líderes principais. Então, conclui-se que o
modelo de liderança pernambucano é um universo dialético, cheio de contradições e
extremamente versátil em criar estratégias para obter resultados, conforme a cultura da
empresa | |