masterThesis
SERINGUEIROS, PATRÕES E A JUSTIÇA NO ACRE FEDERAL, 1904/1918
Registro en:
Pereira Costa, Francisco; Cavani Rosas, Suzana. SERINGUEIROS, PATRÕES E A JUSTIÇA NO ACRE FEDERAL, 1904/1918. 2002. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em História, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2002.
Autor
Pereira Costa, Francisco
Institución
Resumen
O Acre passou a ser ocupado por diversos nordestinos e pessoas de outras
nações, para trabalhar na economia extrativista, desde 1850.
Os avanços científicos e tecnológicos da época permitiram descobertas
inimagináveis para o uso da borracha, bem como, uma demanda sem precedentes.
Reivindicada pela Bolívia e, mais tarde pelo Peru, o problema dessas
fronteiras foram resolvidas tanto no campo diplomático quanto em conflitos armados com
os dois países vizinhos, culminando, essa disputa com o alargamento das fronteiras
brasileiras.
Em 1904, o território é anexado ao Brasil. O Governo Federal impõe-lhe
uma organização administrativa e jurídica, sem alguns direitos previstos na Constituição
de 1891. Administrando-a com governos despótas e aventureiros, muitos tinham um único
objetivo: fazer fortuna no Acre Federal.
Esse desdém do Governo Federal com os habitantes daqui, impulsionou a
elite extrativista, algumas vezes aliada com os seringueiros, a se organizarem e lutarem
pela autonomia do Acre Federal. Disso resultou, via de regra, na deposição e expulsão de
prefeitos e o fechamento do Poder Judiciário, embora, algumas vezes, resistissem sem
êxito.
Os trabalhadores seringueiros espoliados pelos patrões, resistiram a
opressão e, muitas vezes, recorreram ao Judiciário em busca de seus direitos. Os patrões e
as casas aviadoras digladiaram-se, também, nos fóruns locais. Apesar da intervenção do
Judiciário, muitas demandas ficaram sem resposta, por razões até desconhecidas.
Provavelmente, elas foram resolvidas longe das regras e da disciplina judiciária Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior