dc.identifier | de Jesus Soares Santana, Fabíola; Chambliss Hoffnagel, Judith. A retórica fúnebre: uma abordagem histórico-discursiva de epitáfios, obituários e memoriais virtuais. 2011. Tese (Doutorado). Programa de Pós-Graduação em Letras, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2011. | |
dc.description | Estudo sobre a retórica fúnebre de epitáfios, obituários e memoriais virtuais.
Dentre as pesquisa sobre as atitudes diante da morte e dos mortos, há uma
tendência a ligar essas práticas a um habitus religioso quando se trata de
integrar o morto ao seu novo lugar social, manifestar o luto, a perda de um ente
querido. Esta tese centrou-se no estudo dos gêneros textuais ligados ao
discurso epidítico, como epitáfios, obituários e memoriais virtuais com o intuito
de identificar e analisar, em uma perspectiva retórica e social, motivações,
usos, ideologias e suas transformações textuais e discursivas em uma
abordagem histórico-discursiva. A vertente teórico-metodológica adotada
insere-se na perspectiva da Análise Retórica de Gêneros Textuais (Bazerman,
Miller, Devitt, Bawarshi e Reiff, Keith e Lundberg, Frow) e na Análise Crítica do
Discurso (Fairclough, Wodak, Reisigl, van Leeuwen, Kress). Outros suportes
teóricos que apoiam a análise proposta nesta pesquisa foram a História das
mentalidades e a Semiótica Social. A opção de análise desses gêneros se deu
com base na hipótese da pesquisa: Os epitáfios e os obituários são práticas
textuais e discursivas intensificadoras de certos papéis sociais e/ou de
sentimentos e emoções ligados à perda de um ente querido, enquanto que os
memoriais virtuais surgem como gêneros das práticas mortuárias influenciados
pelas tecnologias disponíveis na web. A análise das estratégias discursivas, do
conteúdo ou tópicos discursivos e dos meios linguísticos, empregados nos
gêneros coletados em cemitérios, igrejas, jornais, livros de óbitos da Igreja
Católica e sítios da web, aponta para a constatação das hipóteses, a saber:
gêneros fúnebres como epitáfios e obituários intensificam a representação de
certos papéis, assim como os memoriais virtuais surge como uma prática
textual intensificadora da expressão do luto na web | |