doctoralThesis
Deslocamentos Armoriais: da afirmação épica do popular na Nação Castanha de Ariano Suassuna ao corpohistória do Grupo Grial
Registro en:
Ramos Marques, Roberta; Adolfo Cordiviola, Alfredo. Deslocamentos Armoriais: da afirmação épica do popular na Nação Castanha de Ariano Suassuna ao corpohistória do Grupo Grial. 2008. Tese (Doutorado). Programa de Pós-Graduação em Letras, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2008.
Autor
Marques, Roberta Ramos
Institución
Resumen
Arquivo trocado por versão completa no dia 25/09/2020. O Movimento Armorial tem tido, antes e a partir de sua oficialização (1970),
os mais variados resultados estéticos nos diversos campos artísticos. Porém, o
conjunto mais significativo de formulações teóricas a seu respeito esteve
sempre a cargo de seu criador e maior incentivador, Ariano Suassuna. Este
escritor construiu até hoje uma trajetória como artista, professor, teórico e
gestor cultural, coerente com os princípios armoriais e com a sua
interpretação da cultura brasileira, identificada como uma Nação Castanha .
Nosso objetivo, neste trabalho, é discutir, por um lado, a complementaridade
entre discurso e obra de Ariano Suassuna quanto à afirmação épica das
identidades populares (Canclini, 2005) subjacente à Nação Castanha . E,
por outro, de que forma essa afirmação é retomada e reforçada nas
experiências de dança armorial desde a década de 1970; mas também
reformulada pelo conjunto da trajetória do Grupo Grial (existente desde 1997
e atuante até hoje), através da noção de corpo‐história (Louppe, 2004),
implicado em todo o percurso do grupo e levado como questão para seus
últimos espetáculos. Consideramos, na nossa discussão, variados depoimentos,
artigos, entrevistas de Ariano Suassuna, mas em especial seu romance
armorial brasileiro , A Pedra do Reino (1971), e sua tese de livre docência, A
Onça Castanha e a Ilha Brasil (1976). No âmbito da dança, discutimos as várias
tentativas de realizar uma dança armorial desde a década de 1970, sobretudo
os investimentos no Balé Armorial do Nordeste e no Balé Popular do Recife;
mas focalizamos nossa atenção no trabalho do Grupo Grial, especialmente em
três espetáculos representativos das suas diferentes fases: A Demanda do
Graal Dançado (1998); As Visagens de Quaderna ao Sol do Reino Encoberto
(2000); e Ilha Brasil Vertigem (2006) Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior