masterThesis
Biomarcadores moleculares no esôfago de Barrett: análise comparativa da imunoexpressão tecidual do p53, c-erbB-2, E-caderina, COX-2 e KI-67, na esofagite por refluxo, no esôfago de Barrett e no adenocarcinoma associado ao esôfago de Barrett
Registro en:
Nóbrega de Souza, Gláucio; Tarcísio de Miranda Cordeiro, Fernando. Biomarcadores moleculares no esôfago de Barrett: análise comparativa da imunoexpressão tecidual do p53, c-erbB-2, E-caderina, COX-2 e KI-67, na esofagite por refluxo, no esôfago de Barrett e no adenocarcinoma associado ao esôfago de Barrett. 2006. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Medicina Interna, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2006.
Autor
Nóbrega de Souza, Gláucio
Institución
Resumen
O esôfago de Barrett, definido pela metaplasia colunar do esôfago distal, com a presença de
células caliciformes, representa importante complicação da doença do refluxo gastroesofágico
(DRGE), e caracteriza-se como a principal lesão precursora do adenocarcinoma esofágico.
Fatores clínicos e endoscópicos não apresentam a sensibilidade e especificidade necessárias à
estratificação de risco para o câncer. Biomarcadores moleculares têm sido utilizados com esse
objetivo. Este trabalho incluiu três grupos de pacientes, portadores de esofagite por refluxo
(grupo I; N=23), esôfago de Barrett (grupo II; N=30) e adenocarcinoma esofágico associado
ao esôfago de Barrett (grupo III; N=11), nos quais foram realizadas, respectivamente, análises
comparativas da imunoexpressão tecidual dos seguintes biomarcadores: p53, c-erbB-2, Ecaderina,
COX 2 e Ki-67. As imunorreações qualitativas com p53, COX-2 e c-erbB-2
revelaram maior expressão no grupo III, contrastando com a positividade menor e decrescente
dos grupos II e I (p<0,001; p=0,002; p<0,001, respectivamente). O escore semiquantitativo
final para p53, c-erbB-2, COX-2 e Ki-67 seguiu a mesma tendência da expressão qualitativa,
com os maiores índices no grupo III, e os menores no grupo I (p<0,001). A E-caderina
apresentou um perfil inverso de imunomarcação, com a maior positividade no grupo I
(p<0,001). Em conclusão, constatamos uma tendência monotônica de crescimento na
imunoexpressão para os biomarcadores oncogênicos e de atividade mitótica (p53, c-erbB-2,
COX 2 e Ki-67) em todos os grupos analisados, com expressão máxima na doença
neoplásica. Por outro lado, a preservação organizacional do tecido, revelada pela E-caderina,
foi marcante na esofagite por refluxo e no esôfago de Barrett, em contraste com escassa
imunorreação no adenocarcinoma esofágico