masterThesis
Os sertões e A casca da serpente: a reescritura como ressignificação
Registro en:
Santos de Amorim Guedes, Rebeca; Lucia Ramalho de Farias, Sonia. Os sertões e A casca da serpente: a reescritura como ressignificação. 2010. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Letras, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2010.
Autor
GUEDES, Rebeca Santos de Amorim
Institución
Resumen
Por razão de Os sertões se firmarem como um dos livros mais importantes da
cultura brasileira, sua escritura está sujeita a inúmeros retornos, sejam por meios de
textos críticos ou ficcionais. Diante de revisitações, as mais variadas possíveis dentro de
contextos sociais e ficcionais específicos, é preciso compreender neste movimento de
leitura, ao qual um texto está sujeito, que numa perspectiva hermenêutica, além de
reconstruir a ressonância deixada pelo texto nas recepções ao longo do tempo, esta
latitude interpretativa não deixa de também estar atenta à manifestação de como o
sentido dessa obra se constitui no leitor contemporâneo. Analisar comparativamente Os
sertões (1902), de Euclides da Cunha, e A casca da serpente (1989), de José J. Veiga,
designa apresentar a relação intertextual entre os discursos, esclarecendo como o
romance do escritor goiano ressignifica aspectos estéticos e ideológicos, colocandose
como antidiscurso de um texto fundado na filosofia positivista e nas teorias científicas
de raça em vigor no fim do século XIX. Pensar a reescritura como ressignificação é
conceber que a natureza histórica de um texto está na atualização deste texto no
percurso de suas recepções. Tratase
de uma rememoração crítica atuando em favor da
continuidade cultural Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior