masterThesis
Degradação do herbicida Atrazina via processos avançados de oxidação
Registro en:
Tibério Gonçalves de Miranda, José; Maria Sarmento, Sandra. Degradação do herbicida Atrazina via processos avançados de oxidação. 2003. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2003.
Autor
Tibério Gonçalves de Miranda, José
Institución
Resumen
Com o aumento da escala de produção, tornou-se necessário o avanço tecnológico em novas técnicas de produção, provocando um efeito devastador no meio ambiente e, com o passar do tempo, uma necessidade de criação de técnicas que remedeiem a ação maléfica, causada pelos sistemas de produção. Em relação ao sistema de tratamento de rejeitos industriais, as tendências mundiais são para o despejo dos efluentes com carga zero de poluentes e o re-uso de águas utilizadas nas industrias, devido ao pouco percentual. de água potável e a uma crescente conscientização de grandes países desenvolvidos, em sua maioria, paises europeus, em relação à segurança e responsabilidade ambiental. Tratando, mais especificamente, de efluentes líquidos da indústria qúímica, com uma carga de substâncias orgânicas, somente os processos químicos podem alcançar o patamar de carga zero de poluentes, dentre eles, destacando-se os Processos Avançados de Oxidação (PAOs), que são considerados processos verdes ou limpos devido a sua capacidade de destruir até mineralização do poluente, ou seja, degradar o poluente orgânico em compostos como C02, H20, 1-12, 02, ácidos e bases inorgânicas leves.
No presente trabalho foi realizado um estudo da degradação de uni herbicida conhecido comercialmente pelo nome de atrazina, utilizado amplamente no Estado de Pernambuco o cultivo da cana-de-açúcar, através dos PAOs ozônio/UV (ozonização 1'otolítica) e 11202/UV. Como os poluentes orgânicos podem ser também, degradados pela radiação UV e ozônio isoladamente, contribuindo energeticamente para o processo de degradação global, durantes as técnicas supracitadas, também foram investigados os processos de degradação da atrazina via radiação ultravioleta (fotolise direta) e ozônio puro (ozonização direta). Foi utilizado neste estudo tini fotorreator de geometria anular,operando como reator diferencial. Nos casos das técnicas de oxidação, ozonização direta e ozonização fotolítica, foi necessária a inclusão de um sistema de absorção gasosa coluna de borbulhaniento co-corrente de fluxo descendente devido ao gás ozônio utilizado, de ffirina que os dois equipamentos, coluna de absorção e fotorreator, operaram em série. Os modelos desenvolvidos, que representam os sistemas no qual se realizaram os estudos, são fenomenológicos e obtidos a partir dos primeiros princípios, isto é, a partir das equações gerais da transferência de massa, da transferência de fótons e da expressão da velocidade da reação encontrada através da utilização do modelo pseudo-estacionário para compostos intermediário de baixo tempo de meia vida. Para modelagem do campo de radiação desenvolvido no fotorreator, o modelo geral "Linear Spherical Source Emission(LSSE) 1`bi utilizado para representar o modelo de emissão da lâmpada em um fotorreator anular. Para validação do modelo estimaram-se parâmetros fisico-químicos, tais como: as constantes de velocidades das reações, a constante global de transferência de massa para sistema de absorção de gás, os coeficientes de absorbância de luz para os componentes e para mistura reacional, surgindo à necessidade de usar a rotina de minimização de funções de Levenberg e Marquardt.
Compararam-se os resultados obtidos com os PAOs 03/UV, H202/UV, fotólise direta e ozonização direta, em termos de eficiência de degradação da atrazina, e pôde-se constatar que o processo com azônio/UV foi o mais eficiente, com tempo degradação total do herbicida de 12 minutos. Observou-se sinergia de processos em se tratando da técnica 03/UV com considerável contribuições dos processos oxidativos UV e 03 ao processo global de oxidação