masterThesis
Agrotóxicos: o fatalismo químico em questão: Estudo de caso de Boqueirão e Lagoa Seca PB
Registro en:
Elísio Garcia Sobreira, Antônio; Tôrres Aguiar Gomes, Edvânia. Agrotóxicos: o fatalismo químico em questão: Estudo de caso de Boqueirão e Lagoa Seca PB. 2003. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2003.
Autor
Elísio Garcia Sobreira, Antônio
Institución
Resumen
O fatalismo químico resulta do ceticismo dos agricultores sobre a possibilidade
de obter produção agrícola sem utilizar agrotóxicos. A difusão desigual e combinada dos
agrotóxicos em todo território nacional produziu disfunções técnicas interescalares, alocais e
atemporais que podem provocar alterações crônicas e agudas na saúde coletiva e prejuízos
econômicos. Os propósitos deste trabalho são apontar alternativas ao fatalismo químico ,
subsidiar o planejamento do desenvolvimento rural e monitoramento do uso de agrotóxicos.
Métodos. Levantamento histórico dos agrotóxicos no mundo, Brasil e Paraíba; análise das
funções e disfunções técnicas deste insumo para subsidiar matriz de problemas decorrentes
do uso de agrotóxicos; comparação e análise de dois diagnósticos participativos do uso de
agrotóxicos na horticultura dos Municípios de Boqueirão e Lagoa Seca na Paraíba.
Descrição dos atores e alternativas aos agrotóxicos. Resultados. O levantamento histórico
comprovou que a união de interesses entre Estado e as corporações é responsável pelo
quadro de risco do uso dos agrotóxicos por terem desconsiderado os aspectos socioculturais
e ambientais dos agricultores e por não adequarem estrutura governamental para realizar a
fiscalização e monitoramento destas substâncias. A matriz de problemas transformou-se em
eixo condutor do trabalho e sintetizou os fatores responsáveis pela contaminação coletiva.
Confirmou-se o papel transformador da pesquisação dos agricultores em Lagoa Seca. O
estabelecimento de ecotaxas sobre os agrotóxicos tem potencial de contribuição para redução
de riscos. Conclusões. A conversão tecnológica voltada para a produção limpa pode ser
efetivada com os mesmos mecanismos utilizados para a difusão dos agrotóxicos, porém, a
participação da sociedade e apropriação de informações sobre o espaço rural são
determinantes para o sucesso do planejamento do desenvolvimento rural e do monitoramento
de riscos dos agrotóxicos