masterThesis
Avaliação da degradação ambiental na região do Araripe pernambucano utilizando técnicas de sensoriamento remoto
Registro en:
Ighour Silva Sá, Ivan; Domiciano Galvíncio, Josiclêda. Avaliação da degradação ambiental na região do Araripe pernambucano utilizando técnicas de sensoriamento remoto. 2010. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2010.
Autor
Ighour Silva Sá, Ivan
Institución
Resumen
O presente estudo se desenvolveu nos municípios de Araripina, Bodocó, Ipubi, Ouricuri e
Trindade, que formam o pólo gesseiro do Araripe e estão localizados no extremo oeste do
Estado de Pernambuco. A hipótese que orientou este trabalho foi a de que a degradação da
vegetação nessa região está desencadeando processos de desertificação. O objetivo geral deste
trabalho, foi então, analisar a degradação ambiental na região do Araripe pernambucano
utilizando técnicas de sensoriamento remoto. Para se avaliar a degradação, foram levantados
os dados de estádio atual da vegetação, bem como as mudanças ocorridas entre os anos de
1998 e 2008. O estádio atual foi identificado a partir da estimativa do Índice de Vegetação por
Diferença Normalizada-IVDN com validação por meio do levantamento de campo, enquanto
que a mudança no ambiente foi obtida a partir do método de análise por componentes
principais (ACP). Foi possível observar que na região encontram-se as fisionomias Savana
Estépica nas suas fácies florestada e arborizada, as áreas de contato de vegetação do tipo
Savana, Savana Estépica e Floresta Estacional, além das áreas onde essas fisionomias se
encontram em regeneração, e as áreas de agropecuária. A precisão do mapeamento da
cobertura vegetal foi satisfatória, apresentando uma estatística Kappa da ordem de 0,78. Os
remanescentes de vegetação são da ordem de 50% do território da região, enquanto que as
áreas em regeneração e a agropecuária ocupam 49%. Proporcionalmente o município que
apresenta maior cobertura vegetal é o de Trindade, enquanto que Ouricuri tem a maior
quantidade. Estas fisionomias se apresentam na forma rala, semi-rala, semi-densa e densa
promovendo diferentes níveis de cobertura do terreno. Através da ACP pôde-se constatar que
o desmatamento na região é da ordem de 1.143,74 km² (16,14%), enquanto que 1.119,77 km²
(15,80%) da cobertura vegetal encontram-se em estádio de regeneração. As classes mapeadas
com processo de desertificação na região do Araripe pernambucano estão assim distribuídas:
9,9 km² (0,13%) com grau muito severo, 953,15 km² (13,46%), severo, 2.057,87 km²
(29,05%), moderado e 4.063,43 km² (57,36%), fraco Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco