doctoralThesis
Evolução genômica e da ilha de alta patogenicidade de Yersinia
Registro en:
Suzy Aguiar de Freitas, Nara; Maria Paiva de Almeida, Alzira. Evolução genômica e da ilha de alta patogenicidade de Yersinia. 2010. Tese (Doutorado). Programa de Pós-Graduação em Genética, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2010.
Autor
Suzy Aguiar de Freitas, Nara
Institución
Resumen
A evolução dos mecanismos de virulência bacteriana está diretamente
relacionada com a aquisição dos elementos transponíveis. A compreensão
desses fenômenos teve grande avanço com a produção de sequências
completas de genomas. Atualmente, sete sequências completas de cepas de
Yersinia pestis são conhecidas. Nossas análises dessas sequências revelaram
novos aspectos sobre a evolução da ilha de alta patogenicidade (HPI), onde
estão as sequências que codificam o sideróforo yersiniabactina (Ybt). As
evidências de ciclos adaptativos, mesmo na ausência de genomas
intermediários, proporcionaram informações de que a HPI das yersínias foi
herdada monofileticamente, podendo a Vibrionaceae ser sua família ancestral.
A metodologia foi baseada nas análises das sequências vizinhas às HPIs,
assinaturas seletivas dos genes do operon ybt e seus homólogos e frequências
do uso de códons dos genomas hospedeiros, que revelaram novos aspectos da
evolução desta ilha genômica. Os padrões e as diferenças de conteúdos de GC
e das substituições sinônimas e não sinônimas indicam que os genes ybt e
seus genomas hospedeiros passaram por diferentes pressões seletivas. Assim,
grupos ancestrais diferentes encontraram formas distintas de preservar suas
HPIs. Observamos que as sequências vizinhas das HPIs são reguladas por
quorum sensing, indicando uma rede geral de regulação que envolve os genes
ybt. A análise da organização cromossômica das sete cepas representativas de
diferentes regiões do mundo revelou também uma dinâmica de rearranjos que
poderia justificar o reconhecimento de novas variantes de Y. pestis até
recentemente considerada uma espécie muito homogênea