Tesis
Produção de efluente adequado ao reúso urbano e industrial não potável visando a aplicação em instalação sanitária
Registro en:
Vieira da Nóbrega, Gitana; Gavazza do Santos Pessôa, Sávia. Produção de efluente adequado ao reúso urbano e industrial não potável visando a aplicação em instalação sanitária. 2009. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2009.
Autor
Vieira da Nóbrega, Gitana
Institución
Resumen
Na região Nordeste, dadas as características marcantes da má distribuição
sazonal e regional dos recursos hídricos, a prática de reúso deve ser incentivada.
Muitas atividades não requerem água potável e dessa forma, centros urbanos
destinariam água de melhor qualidade para fins mais nobres. Entretanto, a utilização
de água proveniente de Estações de Tratamento de Esgoto - ETEs para descargas
em vasos sanitários demanda um sistema duplo de distribuição, o que ainda está em
fase de estudo, mas que já se mostrou viável.
Com o objetivo de se avaliar a adequabilidade do uso de efluente de reator
UASB (Reator Anaeróbio de Manta de Lodo) seguido por filtração terciária - Filtro
rápido + FILAs (Filtro Intermitente em Leito de Areia), este sistema foi instalado, em
escala piloto, na ETE Mangueira (Recife), tratando esgoto doméstico. O filtro rápido
ascendente remove, principalmente, sólidos e turbidez, enquanto que os FILAs,
além de removerem tais parâmetros são eficientes, também, na degradação da
matéria orgânica, remoção de patógenos e nitrificação. O FR foi idealizado com
camada suporte de seixo e leito de areia. Os FILAS foram construídos com camada
suporte em brita e leito filtrante em areia. Foram construídos três FILAs variando-se
o diâmetro efetivo: 0,5 , 0,7 e 1,2 mm. O experimento foi dividido em duas fases,
de acordo com a frequência de aplicação dos FILAs: 8 e 16 vezes por dia.
Os padrões de adequação para reúso urbano não-potável foram alcançados
em grande parte do tempo. Houve nitrificação satisfatória nos FILAs, foram
encontradas médias de turbidez no efluente dos FILAs (1, 2 e 3) de 14,44; 11,80;
11,18 NTU na FASE1 e 5,52; 3,88; 6,59 NTU na FASE2. A maior média de DBO5 no
efluente foi de 21,94 mgO2/L. Os coliformes fecais no final do tratamento não se
adequaram aos padrões de reúso, tendo apresentado menor valor médio no FILA 1
igual a 1,85·104 NMP/100mL Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico