masterThesis
Aproveitamento de rejeito de calcário do Cariri Cearense na formulação de argamassa
Registro en:
Dias Alves da Silva, Achiles; Lins Rolim Filho, José. Aproveitamento de rejeito de calcário do Cariri Cearense na formulação de argamassa. 2008. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mineral, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2008.
Autor
Dias Alves da Silva, Achiles
Institución
Resumen
A região do Cariri Cearense na bacia da chapada do Araripe possui um grande potencial de jazidas de calcários de dois tipos: o calcário sedimentar laminado usado como piso e revestimento na construção civil, conhecido comercialmente como Pedra Cariri, e o calcário metamórfico trabalhado em caieiras para fabricação da cal. A mineração é sem dúvida um fator importante no desenvolvimento. Entretanto, os processos de mineração e beneficiamento de calcário sedimentar laminado para fabricação de pisos e revestimentos produzem uma grande quantidade de rejeito responsável por grandes danos ao meio ambiente. Neste trabalho foram feitos ensaios a fim de incorporar o resíduo industrial de calcário em argamassas de cimento e areia de forma a, não só reduzir custos na produção de argamassa, como tornar atrativo o uso deste material por indústrias que possam utilizar esse rejeito como elemento base de seus processos produtivos. O material básico utilizado para este trabalho foi rejeito de calcário sedimentar do Cariri Cearense com granulometria de 48 mesh; cimento Portland CP V-ARI-RS e areia média. O traço utilizado para a argamassa foi de 1:3 com fator água/cimento igual a 0,60. Nesta pesquisa, decidiu-se por realizar a adição do calcário na argamassa em duas etapas distintas: A primeira com substituição da areia pelo calcário em proporções de 5%, 10%, 15%, 20% e 25% do peso da areia, mantendo-se constante o peso do cimento e o fator água/cimento; A segunda com a substituição do cimento pelo calcário, também em proporções de 5%, 10%, 15%, 20% e 25% do peso do cimento, mantendo-se constante o peso da areia e o fator água/pó (cimento + calcário). Tanto na primeira como na segunda etapa foram moldados seis corpos de prova para cada traço, que foram rompidos dois a dois aos 7, 14 e 28 dias. Os resultados obtidos apresentaram condições aceitáveis quando da substituição da areia pelo calcário nas proporções propostas para o trabalho. Conclui-se portanto que é possível compatibilizar a preservação do meio ambiente com o uso de bens minerais, embora rejeito, transformando-os em matéria prima