masterThesis
O negro no livro didático de História do Brasil para o Ensino Fundamental II da rede pública estadual de ensino, no Recife
Registro en:
Castello Branco, Raynette; Batista Neto, José. O negro no livro didático de História do Brasil para o Ensino Fundamental II da rede pública estadual de ensino, no Recife. 2005. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2005.
Autor
CASTELLO BRANCO, Raynette
Institución
Resumen
Desenvolvemos a pesquisa com base na análise de conteúdo dos livros
didáticos de História do Brasil para o Ensino Fundamental II, indicados pelo
MEC para serem adotados em escolas da rede pública estadual de ensino, na
cidade do Recife, Pernambuco. Para o tratamento dos dados coletados,
adotamos a análise por categoria, de Laurence Bardin (1977). As categorias
selecionadas são as seguintes: o trabalho escravo indígena, o trabalho escravo
negro; o racismo, a discriminação; a violência física, a violência
simbólica/resistência; o abolicionismo e a exclusão social. Na análise dessas
categorias, pudemos sentir os pesares dos escravos negros transcritos nas
páginas dos livros didáticos examinados. A necessidade de elaborar a
pesquisa com tema voltado para o negro, seu papel na sociedade,
discriminação e preconceitos estabelecidos em livros didáticos, se faz
necessária, principalmente nos últimos anos, quando as diferentes inteligências
políticas públicas e sociais convergiram, com mais vigor, o seu olhar para os
conflitos sociais, suas causas, impedimentos, mas, também, às conquistas
pelos movimentos sociais. Pela análise que fizemos nos livros didáticos de
História do Brasil para o Ensino Fundamental II, dos autores Piletti & Piletti,
Schmidt, Furtado & Villa, pudemos constatar um avanço na apresentação de
fatos históricos relacionados aos negros. A grande exclusão é notada nos livros
de 8ª série, onde o negro, após a Abolição, sai da nossa história. Com o
advento da Lei 10.639/2004, tornando obrigatório, nas escolas públicas, oensino de História da África e dos Africanos , deverá ser preenchido esse
espaço por novos autores comprometidos com uma grande responsabilidade: a
de colocar o negro como construtor da nação e da sociedade brasileira,
tirando-o de uma exclusão cruel e discriminatória