Brasil
| masterThesis
Saneamento básico: função e limites do controle judicial
Registro en:
de Oliveira Morais, Marília; Joachim Krell, Andreas. Saneamento básico: função e limites do controle judicial. 2007. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Direito, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2007.
Autor
de Oliveira Morais, Marília
Institución
Resumen
É necessário (re)avaliar qual pode/deve ser a postura do Poder Judiciário, na efetivação dos
direitos sociais. A ausência/deficiência de serviços de saneamento básico no Brasil constitui
grave problema, não apenas do ponto de vista político ou sócio-econômico, mas também
jurídico e constitucional. A questão está diretamente vinculada à concretização do princípio
da dignidade da pessoa humana e dos direitos fundamentais de proteção ao meio ambiente e à
saúde. A matéria encontra-se regulamentada no âmbito constitucional e infraconstitucional,
tendo sido aprovada recentemente lei federal que institui as diretrizes nacionais e a política
federal de saneamento básico. O problema passa então a apresentar-se da seguinte forma:
pode (ou mesmo deve) o Poder Judiciário compelir o Poder Executivo a implementar serviços
públicos de saneamento básico? Nesse contexto, cresce o debate acerca da função e dos
limites da atuação do Terceiro Poder, na efetivação dos direitos fundamentais sociais e,
especificamente, no controle da implementação das políticas públicas. No Brasil, é, ainda, útil
e necessária a combinação entre supremacia da Constituição e jurisdição constitucional. O
controle judicial pode configurar importante instrumento democrático, tendo em vista a
necessidade de fundamentação racional da decisão. É necessário, porém, fixar parâmetros e
limites para a atuação judicial. Nessa perspectiva tem-se desenvolvido um enfoque jurídicofuncional
acerca dos limites do controle judicial dos atos administrativos discricionários.
Paralelamente, impõe-se enfrentar adequadamente a questão orçamentária, compatibilizando
princípios constitucionais e orçamento