masterThesis
Determinantes do investimento estrangeiro direto no setor elétrico brasileiro no período 1995 - 2007
Registro en:
Jorge Lira Neto, Luís; Policarpo Rodrigues Lima, João. Determinantes do investimento estrangeiro direto no setor elétrico brasileiro no período 1995 - 2007. 2008. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Economia, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2008.
Autor
Jorge Lira Neto, Luís
Institución
Resumen
As transformações implementadas no Setor Elétrico Brasileiro (SEB) desde a década de 90, propiciaram oportunidades para a participação de grupos empresariais estrangeiros, que introduziram importantes modificações nas estratégias empresarias do setor. Esse trabalho investiga as principais características e determinantes dos investimentos estrangeiros diretos (IED) aportados na indústria de eletricidade, ao longo do período de 1995 a 2007. Descreve os condicionantes, as causas presumidas e as principais tendências de atração do IED e seu impacto na indústria elétrica nacional. O referencial teórico utilizado na análise das estratégias de investimento direto das empresas transnacionais, propõe que esse tipo de investimento apenas se realiza na presença de vantagens, quais sejam, próprias das empresas, locacionais dos países hóspedes, de internalização, de natureza transacional de IED, alinhadas aos objetivos estratégicos da organização.
Os resultados obtidos sugerem que o principal determinante de atração de IED para o SEB é a Busca de Mercados, relacionado com as vantagens de localização, o que está em linha com o histórico dos investimentos estrangeiros direcionados ao Brasil. A escolha dessa estratégia para o Brasil foi decorrente de três fatores: o tamanho do mercado, a taxa de crescimento e a renda per capita da população, que favorecem o rápido retorno dos investimentos, gerado pela expectativa de aumento da demanda e da produtividade das empresas.
Foi identificado que os grupos estrangeiros posicionados no setor de energia no País redefiniram suas estratégias de forma distinta, para minimizar seus riscos, com a redução dos investimentos; redirecionamento das prioridades para outros mercados; concentração no negócio principal de energia elétrica, compra de unidades geradoras existentes e participação estratégica nos leilões públicos de energia