dc.description | O propósito do presente trabalho é analisar as estratégias da Rede Globo para a sua
inserção no mercado de televisão pernambucano. Fez-se um resgate histórico da emissora e
também do mercado de televisão do Brasil e de Pernambuco, nos quais ela está inserida,
enquanto rede e emissora local, respectivamente. A hipótese é que a Rede Globo
entendia/pretendia um mercado nacional, unificado e homogêneo e, nesse sentido, não
desenvolveu ações específicas para a praça pernambucana. Para tentar localizar uma
resposta à indagação proposta e confirmar a hipótese, fez-se necessário, principalmente,
interpretar a história da emissora. Periodizar tal história foi, então, necessário, inserindo-a
na periodização da televisão brasileira proposta por Bolaño (2004). A história da TV Globo
Nordeste foi dividida em três fases. A primeira traz os movimentos feitos pela emissora,
chancelados pelas barreiras à entrada já estabelecidas pela Rede Globo, em um mercado em
processo de nacionalização, de unificação e de oligopolização. A segunda fase é marcada
pela (tentativa de) construção de uma identidade local como ação estratégica, a partir do
diálogo com o mito da pernambucanidade. A terceira é caracterizada pelos efeitos da
reengenharia das Organizações Globo, inserida na reordenação mundial das comunicações.
Quanto à metodologia, optou-se por pesquisas bibliográficas, levantamento de documentos,
observação indireta e, predominantemente, história oral. Todas as visões foram
agrupadas de forma a encontrar pontos conectivos entre elas e colocá-las sob a concepção
de mundo deste pesquisador, na ótica da Economia Política da Comunicação | |