masterThesis
Desenvolvimento de comprimido de liberação prolongada de benznidazol
Registro en:
Lícia Araujo dos Santos, Fabiana; José Rolim Neto, Pedro. Desenvolvimento de comprimido de liberação prolongada de benznidazol. 2011. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2011.
Autor
Lícia Araujo dos Santos, Fabiana
Institución
Resumen
A doença de Chagas é classificada pela Organização Mundial de Saúde como uma doença
negligenciada, que não dispõe de tratamentos eficazes ou adequados. Ao enfrentar esse
problema, os países atingidos por essas endemias têm com a sua população um custo
elevado em decorrência das co-morbidades trazidas por essas enfermidades. Apesar de não
ser o fármaco ideal, devido à sua toxicidade e baixa solubilidade, o benznidazol (BNZ) é o
fármaco utilizado no tratamento da doença de Chagas e o único comercializado em diversos
países da América do Sul. As dispersões sólidas (DS), sistemas estruturados de sólidos em
que o fármaco está disperso em uma matriz biologicamente inócua, têm sido utilizadas para
aumentar a solubilidade de fármacos pouco solúveis. Polímeros hidrofílicos também têm
sido amplamente utilizados como carreadores por apresentar baixo custo e alta solubilidade,
além da aplicação farmacêutica como agentes moduladores de liberação na preparação de
comprimidos. Diante do exposto, o objetivo desse trabalho foi desenvolver e caracterizar
um sistema de DS de BNZ e polivinilpirrolidona (PVP) e posterior incorporação do produto
em uma matriz de hidroxiprometilcelulose (HPMC) para desenvolvimento de um
comprimido de liberação prolongada para o tratamento da doença de Chagas, partindo de
um estudo de fotoestabilidade direta e indireta do fármaco como critério de escolha para
seleção dos excipientes utlizados na formulação. As DS obtidas foram avaliadas por
técnicas de análises térmica, espectros de infravermelho e perfil de dissolução, que
comprovaram a eficiência do sistema no incremento de solubilidade do BNZ. A rota
degradativa proposta no estudo de fotoestabilidade mostrou que o BNZ sofre fotólise direta,
não sendo observados novos produtos de degradação após irradiação eletomagnética
(REM) nas misturas com os excipientes, estes apenas influenciaram na sua velocidade da
degradação. A liberação do BNZ da matriz aconteceu pelo mecanismo de erosão nas duas
formulações do comprimido desenvolvidas (25 e 35% de HPMC), entretanto a formulação
com 25% do polímero mostrou maior tendência em manter estável a liberação do fármaco
até alcançadas 12hs no ensaio de dissolução, ponto em que 100% do fármaco foi liberado Faculdade de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco