masterThesis
Desertificação na Região de Xingó: Mapeamento e Análise Espectro-Temporal
Registro en:
Cabral Ferreira Freire, Neison; da Penha Pachêco, Admilson. Desertificação na Região de Xingó: Mapeamento e Análise Espectro-Temporal. 2004. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Ciências Geodésicas e Tecnologia da Geoinformação, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2004.
Autor
FREIRE, Neison Cabral Ferreira
Institución
Resumen
A humanidade vem interagindo com o meio ambiente de forma complexa,
modificando habitats naturais. Em países pobres, o consumo dos recursos naturais não
isenta a população do ciclo vicioso da pobreza e da degradação ambiental. No Brasil, o
semi-árido é uma das regiões mais afetadas pelo problema, ocasionando processos
desertificatórios crescentes com graves conseqüências sócio-ambientais. Assim, o objetivo
desta pesquisa foi mapear e analisar as áreas de risco passíveis de desertificação numa
porção do semi-árido brasileiro denominada de Região de Xingó, utilizando-se das
tecnologias proporcionadas pelo Sensoriamento Remoto e pelos Sistemas de
Geoinformação. Considerou-se que o desafio atual consiste em conciliar a exploração
eficiente e reciclável dos limitados recursos naturais do semi-árido nordestino - o capital
natural - e a necessidade urgente de crescimento material das comunidades sertanejas - o
capital construído pelo homem . Através do cruzamento de séries temporais de imagens de
satélite (1989 1995 2003) e dados demográficos recentes (Censo 2000), estabeleceu-se
uma metodologia para detecção de áreas de risco e passíveis de desertificação nos seis
municípios circunvizinhos à Usina Hidrelétrica de Xingó, situada no rio São Francisco entre
os estados de Alagoas e Sergipe. Pesquisas de campo validaram os resultados obtidos em
laboratório, apoiados em extensa literatura sobre os indicadores de desertificação. Como
resultado, após a manipulação de dados georreferenciados em diversas técnicas de
Processamento Digital de Imagens e elaboração de um Sistema de Informações
Geográficas, evidenciou-se um quadro desolador de degradação ambiental na extensa área
em estudo, com significativa devastação da Caatinga, aumento de solo exposto e
diminuição de áreas agropastoris. Enfim, concluiu-se que em janeiro de 2003, dos 4.405,29
km² da área de estudo, cerca de 985,44 km², ou 22,37%, apresentaram problemas
ambientais significativos quanto ao risco de desertificação Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Alagoas