doctoralThesis
Ampliação vesical não secretória: estudo prospectivo de 15 anos
Registro en:
de Oliveira Vilar, Fábio; Vilar Correia Lima, Salvador. Ampliação vesical não secretória: estudo prospectivo de 15 anos. 2007. Tese (Doutorado). Programa de Pós-Graduação em Cirurgia, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2007.
Autor
de Oliveira Vilar, Fábio
Institución
Resumen
Introdução e objetivo: Crianças e adultos jovens quando submetidos à cirurgia de
ampliação vesical utilizando retalhos intestinais totais correm um risco elevado de
desenvolverem complicações quando avaliados em longo prazo. O objetivo do
presente estudo é apresentar os resultados em longo prazo de pacientes
submetidos à ampliação vesical com intestino desepitelizado. Pacientes e métodos:
Cento e oitenta e três pacientes, 92 do sexo masculino e 91 do feminino foram
submetidos à ampliação vesical utilizando segmentos de intestino desepitelizado.
Neste total estão incluídos 10 pacientes que re-ingressaram no estudo por falha no
procedimento anterior. A idade variou de três meses a 53 anos com media de 13,51
(mediana de 11.0). Cento e vinte (66,1%) e um pacientes tinham o diagnostico de
bexiga neurogênica, 50 (27,3%) tinham extrofia vesical, 7 (3,8%) haviam sido
tratados clinicamente para tuberculose urinária, 4 (2,2%) tinham seqüelas de válvula
de uretra posterior, e 1 (0,5%) era portador de hipospádia feminina. Um balão sobre
o qual o retalho de intestino desepitelizado era aplicado foi utilizado em todos os
casos. Nos primeiros 24 casos esse balão era criado á partir de um divertículo da
mucosa vesical. No restante um delicado modelador de silicone era utilizado ao
invés da mucosa vesical. Cento e cinqüenta e um pacientes tiveram a ampliação
realizada com colo sigmóide desepitelizado e 32 foram ampliados com um segmento
de íleo desepitelizado. Todos os pacientes fizeram uma avaliação urológica
completa que constituía de analise da urina, ultra-sonografia, cistografia e estudo
urodinâmico. Todos os exames eram repetidos a cada três meses no primeiro ano e
anualmente, a seguir. A condição clínica, no que diz respeito à melhora na condição
do reservatório e na eventual dilatação do trato urinário superior bem como dados da
capacidade vesical e complacência foram utilizados para avaliar os resultados.
Resultados: O seguimento médio para todo o grupo foi de 75,91 meses variando de
2 a 189 meses com uma mediana de 70 meses. Vinte e três (12,6%) casos foram
considerados como falha em virtude de perda da complacência vesical e/ou
deterioração do trato urinário superior. A capacidade vesical media obtida após a
ampliação foi de 292,36mL. Quando comparada ao valor médio de 94,90 no préoperatório
representa um incremento de 308,70%. Sete (4,2%) pacientes no grupo
de extrofia apresentaram cálculos de bexiga. Perfuração espontânea da bexiga foi
verificada em dois casos. A complacência media foi de 13,53cm/H2O. Quando
comparada aos valores de 1,93cm/H2O do pré-operatório representa um incremento
superior a sete vezes. Conclusões: Com um nível de significância de 99% concluise
que um aumento da capacidade e complacência vesicais foi adquirido com este
procedimento o qual foi mantido na análise de longo prazo. Houve melhora na
dilatação do trato superior em todos os casos considerados como sucesso. O
número de complicações observadas foi inferior quando comparado a métodos
tradicionais de ampliação