masterThesis
Utilização do constrictor peri-uretral no tratamento da incontinência urinária pós-prostatectomia
Registro en:
Santos Lima, Roberto; Vilar Correia Lima, Salvador. Utilização do constrictor peri-uretral no tratamento da incontinência urinária pós-prostatectomia. 2009. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Cirurgia, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2009.
Autor
LIMA, Roberto Santos
Institución
Resumen
Introdução: O câncer de próstata, atualmente, é o câncer de maior incidência em
homens e o segundo em causa de morte. Com o advento do PSA na década de 80,
houve um aumento do número de casos diagnosticados, sendo na maioria, doença
localizada. A prostatectomia radical, cirurgia em que se extirpa próstata e vesículas
em monobloco e se anastomosa a uretra à bexiga, é o tratamento mais empregado
para doença localizada. Entre as suas complicações, a incontinência urinária é a mais
temida e a de maior impacto na qualidade de vida. Tem sua fisiopatologia na
deficiência esfincteriana e sua ocorrência é muito variável. Menos de 5% dos
pacientes irão precisar de tratamento intervencionista. O esfíncter artificial AS 800 é o
dispositivo mais usado, estudado e com melhores resultados até o momento. Pelo
alto custo, complexidade e taxas de reoperações altas ainda não é o dispositivo ideal.
Outras modalidades de tratamento ainda estão sendo usadas, como as injeções
periuretrais e os slings masculinos. Este estudo teve como objetivo avaliar
retrospectivamente os resultados da implantação do Constrictor Peri-uretral em
pacientes com incontinência urinária pós-prostatectomia (IUPP). Material e
Métodos: Foram estudados 56 homens com IUPP grave, com média de idade de 68,5
anos. Cinqüenta e um tinham IUPP por cirurgia radical, com o dispositivo
implantado via perineal na uretra bulbar e cinco por adenomectomia (hiperplasia
prostática benigna), cuja implantação se deu por via abdominal ao nível do colo
vesical. O tempo de seguimento médio foi de 82,2 meses. Resultados: Vinte e dois
pacientes (39,28%) ficaram socialmente continentes (0 a 1 absorvente ao dia) e 34
(60,72%) ficaram incontinentes (demais achados). As complicações observadas foram:
erosão uretral em 15 (26,78%); defeito mecânico em dois (3,5%); infecção em dois
(3,5%); fístula urinária em um (1,7%); estenose uretral em um (1,7%). Vinte e três
pacientes necessitaram remover o dispositivo (41,07%). A taxa de sucesso
(continentes e com dispositivo in situ) foi de 30,35%. Conclusão: O Constrictor Periuretral
não se mostrou eficaz no tratamento da IUPP severa com resultados a longo
prazo, na presente série Secretaria de Saúde de Pernambuco