masterThesis
Influência da sinvastatina sobre o controle autonômico e frequência cardíaca intrínseca em ratos idosos
Registro en:
Patrícia Borba Lira Uchôa, Érica; Maria Santos Cabral, Ana. Influência da sinvastatina sobre o controle autonômico e frequência cardíaca intrínseca em ratos idosos. 2006. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Fisiologia, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2006.
Autor
Patrícia Borba Lira Uchôa, Érica
Institución
Resumen
O objetivo deste estudo foi para avaliar os efeitos do tratamento com sinvastatina,
inibidor da HMG-CoA redutase, sobre a Freqüência Cardíaca Intrínseca (FCI) e o
controle autonômico cardíaco em ratos idosos. Foram utilizados ratos machos de idade
de 24 meses e foram divididos aleatoriamente em dois grupos, denominados de grupo
controle (C; n=8), e grupo tratado (T; n=8) que foi submetido à terapêutica com a
sinvastatina (5mg/kg de peso do rato/ dia) por gavagem durante sete dias antes do
protocolo experimental. Foram avaliados os valores de Freqüência Cardíaca basal
(FC), a FCI, tônus simpático e vagal, efeito simpático e vagal os quais foram obtidos
após bloqueio farmacológico autonômico, com administração de metilatropina (3
mg/kg) e propranolol (8 mg/kg). A análise espectral foi utilizada para estudar a
modulação autonômica cardíaca. Para análise estatística foi utilizado o teste t Student,
considerando significância estatística de p < 0,05. Os resultados mostraram que não se
observou diferença na FC basal nos grupos T e C estudados, (347,8 + 3,9 bpm vs
330,0 + 3,7 bpm, respectivamente). A FCI foi maior no grupo T (363,9 + 3,5) quando
comparado ao grupo C (321,4 + 2,9) (p = 0,002). O mesmo foi observado para o efeito
vagal (T: 67,6 + 4,8 vs C: 25,3 + 2,9; p = 0,02) e para o tônus vagal (T: 42,9 + 3,9 vs C:
15,2 + 4,2; p =0,046). O tônus e o efeito simpático não apresentaram diferença nos
grupos estudados. Na análise espectral da FC, nós observamos que o componente de
baixa freqüência (índice de modulação simpática e vagal) não apresentou diferença
nos grupos estudados. Entretanto, o componente de alta freqüência (índice de
modulação vagal) foi maior no grupo T (1,24 + 0,04 ms2) quando comparado ao grupo
C (0,86 + 0,04 ms2) [p = 0,038]. Conseqüentemente, o balanço simpato-vagal foi menor
no grupo T (0,46 + 0,02) quando comparado ao grupo C (0,81 + 0,03) [p = 0,001]. Em
conclusão, observamos que, em ratos idosos, a sinvastatina não alterou a FC basal,
aumentou a FCI, o efeito, o tônus e a modulação vagal sobre a freqüência cardíaca,
não alterou o efeito, o tônus e a modulação simpática sobre a freqüência cardíaca e
reduziu o balanço autonômico cardíaco. Estes dados apresentam importantes
implicações para o tratamento de idosos Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico