masterThesis
Desenvolvimento e caracterização de nanocápsulas furtivas contendo beta-lapachona para a terapia do câncer/ Islene de Araújo Barbosa
Registro en:
de Araujo Barbosa, Islene; Stela Santos Magalhães, Nereide. Desenvolvimento e caracterização de nanocápsulas furtivas contendo beta-lapachona para a terapia do câncer/ Islene de Araújo Barbosa. 2011. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2011.
Autor
de Araujo Barbosa, Islene
Institución
Resumen
A b-lapachona é uma orto-naftoquinona obtida a partir do lapachol, substância extraída do cerne da
Tabebuia avellanedae (ipê-roxo). Este fármaco apresenta diversas propriedades farmacológicas,
porém o maior interesse de se estudar esta molécula é o fato desta apresentar uma elevada atividade
antineoplásica contra várias linhagens de células tumorais. No entanto, sua aplicação terapêutica é
limitada por apresentar baixa solubilidade aquosa. Uma estratégia para aumentar sua solubilidade, e
conseqüentemente, sua biodisponibilidade, seria incorporar a b-lapachona em nanocarreadores
poliméricos, tais como as nanocápsulas. O objetivo do presente trabalho foi encapsular a b-
lapachona em nanocápsulas de Poli(e-caprolactona) (PCL) e Poli(e-caprolactona)-polietilenoglicol
(PCL-PEG), efetuar a caracterização físico-química destes sistemas e avaliar a cinética de liberação
in vitro. Nanocápsulas contendo b-lapachona foram obtidas pelo método de deposição interfacial do
polímero pré-formado. As formulações foram caracterizadas pelo tamanho médio de partículas,
carga de superfície através do potencial zeta, taxa de encapsulação, infravermelho e e análise térmica
através de calorimetria diferencial de varredura (DSC). O tamanho médio das partículas variou de
120 a 171 nm. As nanocápsulas apresentaram-se monodispersas (PDI < 0,3) e carga de superfície
negativa em torno de -20 e -12 mV para as nanocápsulas de PCL e PCL-PEG, respectivamente. As
nanocápsulas contendo b-lapachona apresentaram taxa de encapsulação acima de 95%. Os
resultados de análise térmica mostram que o fármaco apresenta-se solubilizado no interior das
nanocápsulas. O espectro de infravermelho das nanocápsulas contendo b-lapachona demonstrou
banda de absorção em torno de 1727 cm-1 correspondente ao grupamento carbonila (C=O) presente
no PCL. O perfil da liberação in vitro da b-lapachona a partir das nanocápsulas apresentou uma
liberação rápida do fármaco (efeito burst) em torno de 45%, nas primeiras horas do processo
cinético. Essa primeira etapa foi seguida de uma liberação lenta por 10 horas atingindo uma
liberação máxima de 75% e 73% para as nanocápsulas de PCL-PEG e PCL, respectivamente. O
presente trabalho demonstrou que a incorporação da b-lapachona nas nanopartículas de PCL e PCLPEG
pode fornecer uma estratégia para superar a baixa solubilidade da molécula Faculdade de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco