masterThesis
Nanocompósito montmorilonita/polipirrol: preparação, caracterização e aplicação como sensores de voláteis
Registro en:
de Fátima Bezerra de Lira, Liliana; Pinto de Melo, Celso. Nanocompósito montmorilonita/polipirrol: preparação, caracterização e aplicação como sensores de voláteis. 2006. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Ciência de Materiais, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2006.
Autor
de Fátima Bezerra de Lira, Liliana
Institución
Resumen
Nanocompósitos de argila/polímero têm sido bastante estudados nos últimos
dez anos por causa da possibilidade de sua utilização em aplicações industriais. As
argilas são minerais da família dos filossilicatos que, constituídas por folhas,
camadas ou lamelas, possuem estrutura do tipo Tetraédrica-Octaédrica-Tetraédrica
(T-O-T) com hidroxilas na superfície e cátions livres entre as lamelas, o que faz com
que a troca iônica seja relativamente facilitada. Devido à sua estrutura lamelar, as
argilas podem ser intercaladas por diversos materiais, tais como os polímeros.
Polímeros isolantes têm recebido certas quantidades de argila com o intuito de
melhorar suas características, dentre elas, o uso em retardamento de chamas e
como barreira para vapores químicos, gases e solventes. Em outra abordagem,
polímeros não isolantes (condutores), por exemplo, o polipirrol, vem sendo utilizado
como material apropriado para intercalação em argila (como a do tipo
montmorilonita) devido à possibilidade de reunir em um mesmo material as
propriedades elétricas do polímero e as propriedades térmicas da argila.Neste
trabalho foram sintetizados nanocompósitos baseados na intercalação do polipirrol
(PPI) em uma argila do tipo montmorilonita (MMT), através de três técnicas distintas:
polimerização in situ em meio aquoso, evaporação de solvente e troca iônica.
Amostras do nanocompósito MMT/PPI preparadas através da polimerização in situ
em meio aquoso foram analisadas com vista a sua possível aplicação em sensores
de substâncias voláteis. O sensor foi preparado utilizando um substrato de vidro
recoberto com Óxido de Índio e Estanho (ITO), com o nanocompósito aderido à sua
superfície. As respostas dos sensores foram analisadas através da medida da
variação de resistência elétrica, sendo calculada a diferença fracional
correspondente, ou seja, a diferença percentual entre a resistência medida depois
da exposição ao volátil e a resistência inicial. Após a preparação, os
nanocompósitos foram caracterizados por difração de raios x, espectroscopia no
infravermelho (FTIR), medida de potencial zeta e microscopia eletrônica de
varredura (MEV), utilizando equipamentos disponíveis no laboratório de Polímeros
Não-Convencionais (PNC) e demais laboratórios do Departamento de Física da
UFPE Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico