dc.contributorMauro Cortez Motta, Roberto
dc.creatorMaria De Aquino, Rosa
dc.date2014-06-12T15:05:27Z
dc.date2014-06-12T15:05:27Z
dc.date2006
dc.identifierMaria De Aquino, Rosa; Mauro Cortez Motta, Roberto. Relações raciais no protestantismo recifense. 2006. Tese (Doutorado). Programa de Pós-Graduação em Antropologia, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2006.
dc.identifierhttps://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/785
dc.descriptionIdentificar discriminação racial nas relações sociais de três igrejas protestantes representantes das categorias histórica, pentecostal e neo-pentecostal, na cidade do Recife, constituiu o objetivo inicial desta pesquisa. Ao longo do trabalho fixei-me especialmente na igreja de caráter neo-pentecostal, a Igreja Internacional da Graça de Deus. No fenótipo que se observa entre os fiéis partícipes ou não da hierarquia dessa Igreja caracteriza-se primeiro por uma hegemônica pardização, depois por uma presença marcante de negros e por último por uma ínfima quantidade de brancos. Entre os interlocutores com quem mantive contatos, nega-se ora com vigor ora com indiferença, a existência de qualquer ação discriminatória. Percebi, apesar disso, a sutil presença de um comportamento que indica a preocupação com aspectos discriminatórios, fruto de um construto social que não se fixa necessariamente nos fenótipos. Quero com isso dizer que não me passam despercebidas frases como a de uma Obreira que disse Sou negra e linda e onde piso, não deixo rastro e nem os cabelos artificialmente alisados de algumas Obreiras para se adaptarem ao padrão estético estabelecido pela igreja. Nota-se que isto aparentemente não se configura um problema para o cotidiano daquelas pessoas. Pelo contrário, sentem-se completamente integradas à sua igreja e afirmam que hoje se acham mais bonitas por serem filhas do Rei. Não obstante, o que constato com mais vigor é outro tipo de discriminação. Ele se refere às origens religiosas dos integrantes dessa igreja que são oriundos direta ou indiretamente das religiões afro-brasileiras: xangô, umbanda, jurema. Ou do espiritismo. Todos que assim se identificam, abominam essa fase de sua vida. Associam-na a momento de trevas, de erros, de pecados. Por outro lado, as prédicas pastorais reforçam essa recusa. Nelas os Pastores freqüentemente recorrem ao exorcismo, principalmente daquilo que consideram ameaçador e que intitulam de inimigo, capeta, tranca-ruas, pomba-gira, Exu, omulu etc. Expressam, assim, algumas afinidades eletivas com entidades presentes no panteão ou no imaginário das religiões afro-brasileiras
dc.formatapplication/pdf
dc.languagepor
dc.publisherUniversidade Federal de Pernambuco
dc.subjectProtestantismo
dc.subjectNeo-pentecostalismo
dc.subjectReligiões Afro-brasileiras
dc.subjectRelações Raciais
dc.subjectPardização
dc.subjectAfinidades Eletivas .
dc.titleRelações raciais no protestantismo recifense
dc.typedoctoralThesis


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