dc.identifier | Raquel Soares de Farias, Ruth; Alberto Jorge Farias Castro, Antônio. Florística e fitossociologia em trechos de vegetação do Complexo de Campo Maior, Campo Maior, Piauí. 2003. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2003. | |
dc.description | Visando contribuir para um melhor conhecimento da vegetação do Piauí e, em especial para as
áreas ecotonais, realizou-se o presente trabalho na Fazenda Lourdes no município de Campo Maior-
PI, recoberto pela vegetação denominada de Complexo de Campo Maior. No levantamento
fitossociológico, utilizou-se o método de quadrantes, instalando-se um total de 100 unidades
amostrais, alocadas a cada 10m em cada uma das duas áreas, Alto do Comandante (AC) e Baixão
da Cobra (BC). Considerou-se indivíduos lenhosos incluído cipós, com diâmetro do caule ao nível
do solo (DNS) ≥ 3cm. Foram coletados os indivíduos amostrados e amostráveis, bem como aqueles
que estivessem em estádio reprodutivo, através de coletas preferenciais e assistemáticas. Foram
amostradas 46 espécies em AC e 44 em BC, totalizando 68 espécies. Os valores de densidade e de
área basal foram 2730,68 e 2799,50ind.ha-1 e 38,22 e 38,58m2 ha-1, respectivamente. As espécies
com maior IVC em AC foram Casearia ulmifolia Vahl ex Vent., Aspidosperma pyrifolium Mart.,
Combretum leprosum Mart. e Bauhinia ungulata L. A primeira posição de C. ulmifolia foi em
conseqüência dos três parâmetros relativos. Apenas as três espécies de maiores IVIs contribuíram
com os maiores IVCs. Em BC, a espécie de maior IVI foi Aspidosperma subincanum Mart, também
em conseqüência dos valores dos três parâmetros relativos. Destacou-se ainda, Combretum
mellifluum Eichler, Bauhinia pulchella Benth. e Buchenavia capitata (Vahl.) Mart. As quatro
espécies com maiores IVIs corresponderam as de maiores IVCs. O índice de diversidade de
Shannon (H ) foi de 3,20 e 3,09nats/ind-1, para AC e BC, estes valores são considerados altos
quando comparados aos encontrados em trabalhos de Caatinga, Carrasco e Cerrado do Nordeste. A
partir da comparação das espécies listadas neste trabalho, com as de outros 18 levantamentos,
constatou-se uma maior similaridade com o Cerrado, em segundo com o Carrasco e por fim com a
Caatinga. O espectro biológico realizado para a área mostrou que 52,48% foram fanerófitas;
29,07% terófitas; 13,47% lianas; 2,12% geófitas e caméfitas e 0,70% parasitas vasculares | |