dc.contributorMACHADO, Isabel Cristina Sobreira
dc.creatorTEIXEIRA, Luciana Almeida Gomes
dc.date2014-06-12T15:05:04Z
dc.date2014-06-12T15:05:04Z
dc.date2005
dc.identifierAlmeida Gomes Teixeira, Luciana; Cristina Sobreira Machado, Isabel. Mecanismos de polinização e sistema reprodutivo de espécies de Marantaceae da estação ecológica do Tapacurá, Pernambuco, Nordeste do Brasil. 2005. Tese (Doutorado). Programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2005.
dc.identifierhttps://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/733
dc.descriptionA morfologia floral é um dos aspectos mais importantes na interação entre planta e polinizador, a qual determina a acessibilidade do polinizador ao recurso, a eficiência da deposição do pólen no corpo do animal, assim como o recebimento dos grãos de pólen, pelo estigma, através do vetor. Na família Marantaceae a estrutura floral é uma característica marcante, principalmente pelos elementos que compõem a arquitetura das flores e inflorescência e pelo mecanismo de polinização. Neste trabalho foram estudados os mecanismos de polinização, a biologia floral e o sistema reprodutivo de seis espécies representantes de três dos quatro grupos da família Marantaceae, Calathea pernambucica Loes., C. villosa Lindl. (grupo Calathea), Hylaeanthe hexantha (Poeppig. & Endl.) A.M.E. Jonker & Jonker (grupo Myrosma), Maranta divaricata Rosc., M. protracta Miq. (ambas do grupo Maranta) e Stromanthe tonckat (Aubl.) Eichler (grupo Myrosma). O trabalho foi desenvolvido no período de março de 2001 a setembro de 2004, na Estação Ecológica do Tapacurá (8o3 S e 35o10 W), um remanescente da Floresta Atlântica Semidecidual de Pernambuco, Nordeste do Brasil. O período de floração nas duas espécies de Maranta ocorre durante todo o ano com os meses de chuva correspondendo ao pico da floração, enquanto que para as outras quatro espécies ocorre na estação de maior pluviosidade, de março a agosto. As seis espécies são herbáceas, possuem flores assimétricas, tubulosas e modificadas, principalmente o androceu, o qual apresenta um estame com uma única teca funcional e estaminódios petalóides que auxiliam no processo de atração aos animais visitantes. Além disso, as flores são protândricas, possuem apresentação secundária de pólen e o gineceu é composto por um estilete, preso por um dos estaminódios com mecanismo explosivo de polinização. Nas duas espéceis de Calathea, em H. hexantha e S. tonckat a antese é diurna, com inicio por volta das 04:30 h e a produção de néctar estendendo-se até às 12:00 h. Os volumes e concentrações médias de néctar nessas quatro espécies variou de 2 a 6,5 μl e de 25 a 30%, respectivamente, característico de flores melitófilas e ornitófilas. As flores de Maranta divaricata e M. protracta começam a abrir às 15:30 h e a produção de néctar tem inicio por volta das 16:30 h, apresentando médias de 0,24 μl de volume e 15% de concentração de açúcar com a produção estendendo-se até às 19:30 h. As flores das espécies de Maranta duram, aproximadamente, até às 2100 h e a partir desse horário iniciam o processo de senescência, apresentando acúmulo de orvalho dentro do tubo floral. Com relação aos visitantes florais, as espécies de Calathea foram polinizadas exclusivamente por abelhas Euglossini, enquanto que o mesmo grupo de abelhas foi observado polinizando as flores de Hylaeanthe hexantha, assim como o beija-flor Phaethornis ruber (Phaethorninae) que foi considerado um importante polinizador para essa espécie. Em Stromanthe tonckat o beija-flor Phaethornis ruber foi observado como sendo, também, o polinizador principal, juntamente com Xylocopa suspecta. As duas espécies de Maranta foram consideradas falenófilas, pois apesar de terem sido polinizadas por noctuídeos e esfingídeos, uma os noctuídeos eram os primeiros visitantes às flores, enquanto que os esfingídeos iniciavam as suas visitas no horário em que a maioria das flores já haviam sido desengatilhadas e polinizadas pelos noctuídeos. O sistema reprodutivo das seis espécies de Marantaceae foi verificado a partir de polinizações controladas no campo e através da análise do crescimento dos tubos polínicos, sendo todas as espécies autocompatíveis. A formação de frutos por autopolinização espontânea foi verificada em Calathea villosa, cerca de 18%, e em Maranta divaricata e M. protracta com 37 e 24%, respectivamente. Em C. pernambucica, devido à predação dos ovários em desenvolvimento por espécies de formigas, os frutos formados em nenhum dos tratamentos pôde ser contabilizado. A autocompatibilidade é referida como muito comum dentro da família Marantaceae, no entanto foi observada a formação de frutos através de polinizações cruzadas nas espécies deste trabalho
dc.descriptionCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
dc.formatapplication/pdf
dc.languagepor
dc.publisherUniversidade Federal de Pernambuco
dc.subjectPolinização
dc.subjectFertilização de plantas
dc.subjectBiologia floral
dc.subjectMarantaceae
dc.titleMecanismos de polinização e sistema reprodutivo de espécies de Marantaceae da estação ecológica do Tapacurá, Pernambuco, Nordeste do Brasil
dc.typedoctoralThesis


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