doctoralThesis
Resposta ao estresse ácido em leveduras da fermentação alcoólica industrial
Registro en:
Fernandes de Melo, Hélio; Antônio de Morais Júnior, Marcos. Resposta ao estresse ácido em leveduras da fermentação alcoólica industrial. 2006. Tese (Doutorado). Programa de Pós-Graduação em Biologia de Fungos, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2006.
Autor
MELO, Hélio Fernandes de
Institución
Resumen
O processo de fermentação alcoólica industrial é caracterizado por um intenso
reciclo das células de leveduras, com constante exposição a baixos valores de pH tanto
no mosto quanto no pré-fermentador. Isto induz um constante estresse ácido que leva a
diminuição da viabilidade celular no processo. Este trabalho tem como objetivo o
estudo dos fatores celulares responsáveis pela resistência ao estresse ácido a partir da
identificação dos genes de Saccharomyces cerevisiae que respondem a este estresse e do
isolamento e caracterização de mutantes resistentes a ácidos inorgânicos. Inicialmente a
linhagem JP1 foi isolada do mosto de fermentação pela sua capacidade de dominância
no processo fermentativo de diferentes destilarias. Esta linhagem apresentou a mesma
resposta fenotípica às diferentes formas de estresse industrial (ácido e etanólico) que a
linhagem comercial PE-2. As células da linhagem JP-1 foram posteriormente testadas
para o crescimento celular e desempenho fermentativo em meio mineral acidificado e os
resultados mostraram o baixo pH do meio não influenciou estes dois parâmetros.
Adicionalmente, cerca de 1% dos genes da linhagem de laboratório JT-95 de S.
cerevisiae apresentou modificação no padrão de expressão, sendo 35 genes reprimidos e
28 genes induzidos pelo ácido sulfúrico. Entretanto, não se observou uma relação direta
entre o conjunto de genes modificados e os mecanismos conhecidos de resposta a
estresse, o que sugere uma resposta multifatorial ao choque ácido em leveduras. E
finalmente um mutante resistente a ácidos inorgânicos (sulfúrico e clorídrico) foi
isolado a partir de células da linhagem JP-1. Este mutante foi capaz de crescer em meio
ajustado para pH 2, mas semelhante ao parental não apresentou resistência a ácidos
orgânicos (sorbato). Isto mostra que a resistência a estes dois tipos de ácidos deve ser
mediada por mecanismos celulares diferentes. A análise de expressão gênica neste
mutante deverá gerar informações mais precisas sobre este mecanismo de resistência Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior