masterThesis
Simbiose micorrízica arbuscular de gravioleiras (Annona muricata) em solo infestado por Pratylenchus coffeae
Registro en:
Angélica Cavalcanti Brandão, Joana; Costa Maia, Leonor. Simbiose micorrízica arbuscular de gravioleiras (Annona muricata) em solo infestado por Pratylenchus coffeae. 2003. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Biologia de Fungos, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2003.
Autor
BRANDÃO, Joana Angélica Cavalcanti
Institución
Resumen
Avaliou-se (1) a dependência micorrízica e (2) o efeito da inoculação com FMA sobre o
crescimento de gravioleiras (Annona muricata var. Morada) em solos infestados com
nematóides O primeiro experimento foi conduzido em casa de-vegetação por 135 dias,
sendo avaliadas: altura, área foliar, massa da matéria seca da parte aérea e das raízes. O
delineamento foi inteiramente casualizado em arranjo fatorial de 5 x 4, sendo (controle,
inoculado com 200 esporos de Glomus etunicatum, Acaulospora longula, Gigaspora
albida e FMA nativos na rizosfera de gravioleiras), 4 de doses de P (1, 5, 10 e 20
mg.dm-3de fósforo no solo) e 5 repetições. No segundo experimento, mudas foram ou
não inoculadas com cerca de 200 esporos dos mesmos FMA, sendo infestadas com 3200
indivíduos de P. coffeae, 90 dias após inoculação com FMA. Avaliaram-se altura, massa
da matéria fresca e seca aérea, massa da matéria fresca radicular, colonização
micorrízica, produção de esporos de FMA e número de nematóides na raiz e no solo. O
delineamento foi inteiramente casualizado, com cinco repetições para cada combinação
FMA, nematóide e controle. As mudas responderam à inoculação com FMA e à
fertilização com fósforo. A gravioleira var. Morada foi considerada micotrófica
obrigatória respondendo à inoculação em todos os níveis de P. As plantas associadas a
fungos nativos e A. longula apresentaram incremento significativo em altura, massa
seca da parte aérea e área foliar, quando comparadas à testemunha. No entanto, não
houve resposta de crescimento nas plantas inoculadas com G. albida. No segundo
experimento, a infestação do solo com P. coffeae não influenciou significativamente o
crescimento das mudas. Entretanto, quando inoculadas com FMA, estas apresentaram
aumento na altura e na massa seca aérea e massa da matéria fresca radicular,
independentemente da presença do patógeno. A micorrização não interferiu na
reprodução de P. coffeae. Por outro lado, a colonização micorrízica e a esporulação dos
FMA foram afetadas pelos nematóides, sendo em alguns casos incrementadas na
presença do patógeno. De maneira geral, a inoculação com FMA nativos propiciou
melhores respostas tanto no crescimento quanto na tolerância das mudas aos
nematóides