Tesis
Por abismos... casas... mundos... : a geosofia como narrativa fenomenológica da geografia
Through abysses... homes... worlds... : the geosophy as phenomenology narrative of geography
Registro en:
Autor
Galvão Filho, Carlos Eduardo Pontes, 1982-
Institución
Resumen
Orientador: Eduardo José Marandola Junior Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Geociências Resumo: É a partir de pensar origens que segue este trabalho em direção à pergunta pelo conhecimento geográfico emergido da geograficidade. Orientada pela fenomenologia, tal pergunta é investigada tendo o ato de viajar enquanto fio condutor. Preocupado com o como a Terra aparece ao homem, pergunta-se pelo ato de viajar enquanto experiência que afeta o modo desse como encontrar a Terra. Tal como parece ser carregado de uma história geográfica própria a cada homem, e narrar tal história parece emergir enquanto necessário para aproximar-se da própria condição terrestre. Busca-se, no caminho aqui percorrido, cultivar o caráter geográfico da existência a partir de um sentido geográfico para o viajar: viagem enquanto ato de criar geosofias. Uma das origens deste presente trabalho advém da experiência de uma viagem à Ilha do Cardoso (SP), mais precisamente de uma caminhada no mangue. Cultivada, narrar tal experiência fez irromper da lama a presente obra. Obra que tem na tríade geograficidade-viajar-geosofia sua estrutura tal qual o mangue tem suas raízes-caule-folhas e flores. A caminhada no mangue é aqui compreendida enquanto experiência de vertigem geográfica, e o sentido para tal experienciar é o de fazer rebentar novas referências de mundo. Cultivar os sentidos dessa experiência e se esforçar para narrá-los, enquanto ato de nomear o irromper de mundos, é a necessidade que move esta dissertação. O sentido de viajar adquire, com isso, um caráter de jornada voltado à condição terrestre: uma jornada em direção a geografias correspondentes. Tal jornada pode evocar, nesse sentido, uma resistência àquilo que fora denominado esquecimento do ser. Resistência que pode ser pensada enquanto anti-esquecimento do ser, se cultivadas as experiências marcantes da existência. Para tanto, compreende-se a palavra história não enquanto aquilo que já passou, mas enquanto um originar-se a partir de tal passado. Orientação em relação ao mundo, a geosofia enquanto constituída de vínculos geográficos, estes intensamente afetados por acontecimentos geopoéticos, acontecimentos que parecem trazer um frescor para o como se vê a Terra e renovar a história geográfica de cada homem. Um exemplo de acontecimento geopoético é o abismar toponímico, experiência na qual se compreende a origem de um nome: o nomear enquanto ato de desvelar um mundo vivido geograficamente. Encarando o viajar enquanto possibilidade para reconhecer-se na condição de ser-no-mundo é que irrompe um parto geográfico, uma experiência de paisagem presentificada fundadora de referências geosóficas, florescidas de pontos cordiais. Caminha-se, portanto, exalando uma geografia à flor da pele, numa viagem sem escalas na qual encontram-se caminhos incógnitos, verdadeiros sopros de um mundo pensado poeticamente Abstract: It¿s from thinking origins that this thesis goes towards questioning the geographical knowledge emerged from the geographicity. Oriented by the phenomenology, such inquiry is conducted through the act of travelling. Concerned about how the Earth appears to the man, travelling is taken as an experience that affects how men encounter the Earth. The way this experience happens appears to carry its own geographical history for each inhabitant, and also narrating their stories seems to be necessary in order to approach the understanding of the earthly condition. In that sense, the aim here is to cultivate the geographical character of existence from thinking a geographical sense of travelling: the travel as act of creating geosophies. One of the origins of this work is a travel experience to Cardoso Island, more precisely, from a walk into the mangrove. Narrating that experience felt like this work was arising from the mud, and structuring itself in the triad geographicity-travel-geosophy as the mangrove has its roots-stems-leaves and flowers. The walk into the mangrove here is understood as an experience of geographical vertigo, which allows the rising of new world references. Thus, the intent that moves this thesis, is to cultivate the senses of this experience and the endeavor of narrating it while naming the merge of old and new references. The sense of travel acquires, thereby, a character of journey towards the earthly condition: a journey in pursuit of corresponding geographies. Such journey may evoke an act of resistance to the oblivion of being. This resistance can be comprehended while an anti-oblivion of being, if cultivated the meaningful experiences of existence. Therefore, the word history isn¿t understood as a context that has passed, but as a derivation from it. The geosophy as an orientation towards the world, consists of geographic ties intensely affected by geopoetics events, which seem to bring freshness to how one sees the Earth and renew the geographical history of each man. An example of a geopoetic event is the toponymyc abyss, an experience in which one understands the origin of a name: the act of naming as unveiling a geographically experienced world. Facing travelling as a possibility of recognizing oneself in the condition of being-in-the-world is what awakes the geographical birth, an experience of presentified landscape as a founder of geosophical references, flourished from hearty points. One walks, therefore, exuding a geography on the edge, on a non-stop trip with concealed ways, true blows of a world poetically conceived Mestrado Análise Ambiental e Dinâmica Territorial Mestre em Geografia