Tesis
Diagnóstico de microcefalia pelo ultrassom = comparação de três intervalos de referência e diagnóstico pós-natal = Ultrasound microcephaly diagnosis: comparison of three reference intervals and post-natal diagnosis
Ultrasound microcephaly diagnosis: : comparison of three reference intervals and post-natal diagnosis
Registro en:
TRIGO, Lucas Augusto Monteiro de Castro. Diagnóstico de microcefalia pelo ultrassom: comparação de três intervalos de referência e diagnóstico pós-natal = Ultrasound microcephaly diagnosis: comparison of three reference intervals and post-natal diagnosis. 2017. 1 recurso online (75 p.). Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas, Campinas, SP.
Autor
Trigo, Lucas Augusto Monteiro de Castro, 1988-
Institución
Resumen
Orientador: Eliana Martorano Amaral Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas Resumo: Introdução: A medida da circunferência cefálica (CC) fetal pela ultrassonografia (US) é importante para avaliação do crescimento fetal intrauterino. Seus valores podem nos levar a suspeitar de microcefalia, que também pode estar relacionada com outras anormalidades fetais. Muitos estudos foram realizados a fim de determinar valores de normalidade para o crescimento da CC, permanecendo-se até hoje sem consenso. Na década de 90, Snijders desenvolveu uma curva de referência baseando-se na população londrina, que ainda é mundialmente utilizada. Nos últimos anos, dois grandes estudos multicêntricos foram publicados, sendo um pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e outro pelo Intergrowth 21st (IG21). Ambos selecionaram países de quatro continentes, a fim de se obter uma amostra mais heterogênea, pois acreditavam que assim seria possível criar uma curva de referência mundialmente aplicável. Ainda não há estudos que comparem estas três referências na população brasileira. Objetivo: Comparar o diagnóstico ultrassonográfico de microcefalia obtido pelas três curvas de referência (Snijders, OMS e IG21) com seu diagnóstico pós-natal. Analisar e comparar os Valores Preditivos Positivos (VPP) de cada referência e a possível influência do sexo fetal sobre eles. Comparar as três curvas entre si. Métodos: Estudo retrospectivo realizado no Setor de Imagem do Hospital Prof. Dr. José
Aristodemo Pinotti (CAISM) da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Foram avaliadas todas as gestantes que realizaram US de 01 de janeiro de 2011 a 22 de novembro de 2016, totalizando 32181 exames de 11859 gestações. Não foram incluídas gestações múltiplas, fetos malformados ou óbitos, e aquelas que não tiveram parto no CAISM em até 14 dias do último US. Casos suspeitos de microcefalia pelo US foram confirmados ao nascimento pela equipe de neonatologia. VPPs foram calculados para cada referência e também subdivididos pelo sexo fetal. As curvas foram sobrepostas e seus comportamentos comparados pelo método de Leisenring de amostras pareadas, com correção de Bonferroni, assumindo p-valor de 0,0167 para significância. Resultados: VPPs de Snijders (25,1%) e IG21 (24,2%) foram similares (p=0,39) e apresentam diferença significativa em relação à OMS (20,2%) (p<0,001). Embora tenha havido uma tendência de 2 casos do sexo feminino para 1 caso do sexo 5 masculino fetal no diagnóstico US de microcefalia, não houve diferença entre seus VPPs. Não houve diferença entre as três curvas pelo modelo de regressão logarítmica, mas três diferentes comportamentos delas foram observados: até 30 semanas, entre 30 e 36 e após 36 semanas. No grupo após 36 semanas, houve diferença significativa entre as curvas do IG21 e da OMS (p=0,0079), mas não entre Snijders e OMS (p=0,041). A OMS não diagnosticou apenas um dos 71 casos tidos como microcefalia pós-natal, enquanto Snijders não diagnosticou 8 e IG21 9. Conclusão: VPPs de Snijders e do IG21 (25,1% e 24,2%) mostraram-se significativamente superiores em relação ao da OMS (20,2%). OMS apresentou maior sensibilidade no diagnóstico pós-natal de microcefalia, não diagnosticando apenas um dos 71 casos confirmados, enquanto Snijders não diagnosticou 8 e IG21 9. Isto nos mostra que a aplicação de cada uma destas referências deve estar vinculada ao principal propósito esperado pelo seu uso Abstract: Abstract: Introduction: Measurement of fetal head circumference (HC) through ultrasonography (US) is important to evaluate intrauterine fetal growth. Such evaluation may lead us to suspect microcephaly, which may also be related to other fetal abnormalities. To assess the normality values for HC growth, several studies have been developed, but there remains a lack of consensus. During the 1990s, Snijders created a reference curve in London, which is used worldwide. In recent years, the World Health Organization (WHO) and the Intergrowth 21st (IG21) project developed new references through multicentric studies. Both studies selected different populations from four continents, aiming to obtain a heterogeneous sample and therefore a worldwide applicable reference curve. So far, no comparative study has analyzed the use of these reference intervals in Brazil. Objectives: To compare microcephaly diagnosis between the three mentioned reference curves (Snijders, WHO and IG21) with the postnatal diagnosis. To analyze and compare the Positive Predictive Values (PPVs) of each reference and the potential influence of the fetus' gender over them. To compare the three curves. Methods: Retrospective study conducted at the Image Section of Women's Hospital (CAISM), University of Campinas. Records of all pregnant women subject to US between 1 January 2011 and 22 November 2016 were evaluated, totalizing 32,181 exams among 11,859 pregnancies. Cases with multiple pregnancies, fetal malformations or death and women with a last available US assessed later than 14 days before birthdate were not included. A neonatologist confirmed postnatal microcephaly diagnosis after delivery. PPVs were assessed for each reference interval and also subdivided by fetal gender. The curves were superimposed and their behavior compared by Leisenring method of paired samples with Bonferroni's correction, assuming the p-value of 0.0167 as significant. Results: Snijders PPV (25.1%) and IG21 PPV (24.2%) had similar results (p=0.39) and were more significant than WHO's (20,2%) (p<0.001). Although microcephaly is diagnosed twice more commonly in females than males there was no difference between their PVVs. There was no difference between the three curves' US diagnosis according to logarithmic regression modeling. However, three different trends were observed: until 30 weeks, between 30 and 36 weeks and after 36 weeks of gestational age. In the group after 36 weeks, there was a significant difference between the curves of IG21 and WHO (p=0.0079), but not between Snijders 7 and WHO (p=0.041). WHO only failed to diagnose one out of 71 cases confirmed with microcephaly after birth, while Snijders failed to diagnose 8 and IG21 9. Conclusion: Snijders and IG21 PPVs (25.1% and 24.2%) performed significantly better when compared to WHO (20.2%). WHO has presented a higher sensitivity in postnatal Mestrado Saúde Materna e Perinatal Mestre em Ciências da Saúde
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