Tesis
Autoavaliação de saúde comparativa aos pares etários idosos
Health self-assessment comparative to age peers in old age
Registro en:
BELMONTE, Josiana Maria Moreira Martinez. Autoavaliação de saúde comparativa aos pares etários idosos. 2017. 1 recurso online (84 p.). Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas, Campinas, SP.
Autor
Belmonte, Josiana Maria Moreira Martinez, 1970-
Institución
Resumen
Orientador: Flávia Silva Arbex Borim Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas Resumo: Introdução: Importante avaliar as mudanças relacionadas à idade e suas associações com os aspectos subjetivos. Entre as avaliações subjetivas uma que se destaca, nas pesquisas epidemiológicas e clínicas é a autoavaliação de saúde, obtida por meio de uma pergunta, sobre como o indivíduo avalia a sua saúde. A medida é considerada um importante indicador de qualidade de vida, morbidade e declínio funcional, além de ser um preditor de mortalidade. A autoavaliação de saúde comparativa aos pares etários pode produzir um efeito benéfico, principalmente para as pessoas mais velhas, sendo utilizada como um mecanismo de comparação social. Dentre estas avaliações, destacam-se as condições relativas à capacidade funcional e sua limitação pode refletir na percepção da pessoa sobre a sua saúde.
Objetivo: Avaliar a associação entre autoavaliação de saúde comparativa aos pares etários e indicadores de capacidade funcional em idosos. Método: Estudo transversal de base populacional com dados provenientes do banco eletrônico do Estudo de Fragilidade em Idosos Brasileiros (FIBRA), realizado entre os anos de 2008-2009, em que foram recrutados 2.558 idosos da comunidade residentes na área urbana. A variável dependente foi a autoavaliação de saúde comparativa aos pares etários idosos. Foi realizada a análise descritiva e as associações entreas variáveis foram analisadas pelo teste Qui-quadrado de Pearson com nível de significância de 5%. As razões de chances, ajustadas pelas variáveis sociodemográficas e de saúde, foram estimadas por meio de regressão logística multinomial. As análises foram conduzidas no programa Stata 14.0. Resultados: A média de idade dos idosos foi de 72,3 anos (DP ± 5,5) e 65,6% eram mulheres. Quando comparados a alguém da mesma idade, 70,2% avaliaram a suasaúde como melhor, 23,4% como igual e 6,4% como pior. Pelo modelo de regressão verificou-se, no modelo ajustado, maior razão de chance para avaliar sua saúde pior nos idosos dependentes nas atividades instrumentais (OR=2,19; IC95%:1,22-3,92) e com menor força de preensão (OR=0,96; IC95%:0,93-0,99). Avaliar a sua saúde melhor apresentou diferença significativa com a velocidade de marcha (OR=0,88; IC95%: 0,81-0,94). Conclusão: A autoavaliação de saúde comparativa extrapola a presença de condições objetivas, embora apresente relações bem estabelecidas com as condições clínicas e com os indicadores de capacidade funcional. Há uma necessidade de ações de promoção da saúde, baseada na aplicação de avaliações subjetivas para atender as demandas dos idosos, o que pode influenciar na motivação de qualidade de vida e agregar um nível de bem-estar mais adequado a esta população. Foram encontradas associações da autoavaliação de saúde comparativa aos pares etários e atividades instrumentais de vida diária, velocidade da marcha e força de preensão. Os resultados reforçam a funcionalidade como um importante indicador de saúde além de proporcionar a ampliação da abordagem da autoavaliação de saúde incluindo critérios de comparação social Abstract: Introduction: It is important to evaluate changes related to age and their associations with subjective aspects. Among the subjective evaluations, there is one that stands out in the epidemiological and clinical researches: the health self-assessment, obtained by means of a question on how the individual evaluates his/her health. The measure is considered an important indicator of quality of life, morbidity and functional decline, besides being a predictor of mortality. Comparative health self-assessment with age peers can produce a beneficial effect, especially for older people and is used as a social comparison mechanism. Among these evaluations, the conditions related to functional capacity stand out once his/her limitation may reflect on the person's perception of health. Objective: Evaluating the association between comparative health self-assessment with age peers and indicators of functional capacity in elderly. Method: A cross-sectional population-based study using data from the electronic bank of "Fragility Study on Brazilian Elderly "(FIBRA), carried out between 2008 and 2009, when 2,558 community-dwelling elderly residents were recruited. The dependent variable was the self-rated health comparative to age peers elderly. The descriptive analysis was performed and the associations between the variables were analyzed by Pearson's Qui-square test with a significance level of 5%. The odd ratios, adjusted by sociodemographic and health variables, were estimated through multinomial logistic regression. The analyses were carried on in the program Stata 14.0. Results: The average age of the elderly was 72, 3 (DP ± 5,5) and 65, 6% were women. When comparing to someone the same age 70, 2% rated their health as better; 23, 4% as equal and 6, 4% as worse. Following
the regression model, with the adjusted way, it was verified that the odd ratios were more important to rate their health "worse" among the dependent elderlies related to instrumental activities (OR= 2,19; IC95%:1,22-3,92) and with lower grip strength (OR=0,96; IC95%:0,93-0,99). Rating their health "better" showed a significant difference related to speed gait (OR=0, 88; IC95%: 0, 81-0, 94). Conclusion: Comparative health self-assessment goes beyond the
presence of objective conditions, although it presents well-established relationships with clinical conditions and indicators of morbidity and mortality. There is a need for of health promotion, based on the application of subjective evaluations to meet the demands of the elderly collaborating to influence the motivation of quality of life and to aggregate a level of well-being more adequate to this population. Associations of the dependent variable and instrumental activities of daily living, gait velocity and grip strength were found. These
results reinforce functionality as an important health predictor, as well as, provide a broader approach of self-assessment including Social Comparison criteria Mestrado Gerontologia Mestra em Gerontologia