Tesis
Endarterectomia e atrofia cortical cerebral
Endarterectomy and cortical brain atrophy
Registro en:
SOARES, Luis Eduardo Belini. Endarterectomia e atrofia cortical cerebral. 2016. 1 recurso online ( 62 p.). Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas, Campinas, SP.
Autor
Soares, Luis Eduardo Belini, 1982-
Institución
Resumen
Orientador: Li Li Min Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas Resumo: O acidente vascular cerebral isquêmico (AVCi) é uma das principais causas de morte no Brasil e no mundo. Dentre as principais causas destaca-se a doença aterosclerótica, em especial, a formada do bulbo carotídeo. A mesma pode ser considerada sintomática quando é causadora de AVCi ou ataque isquêmico transitório. Todavia, sabe-se que as estenoses ditas assintomáticas, também levam a diminuição de fluxo sanguíneo cerebral. Idosos acima de 80 anos prevalência das estenoses assintomáticas (acima de 50% de obstrução) chega a 10%. Nas últimas décadas houve significativa diferença de conduta no manejo das estenoses assintomáticas com o advento de novas medicações, em especial, das estatinas. Porém, até hoje ocorrem discussões entre os especialistas sobre realização de endarterectomia ou não. Estudos iniciais indicavam um benefício da endarterectomia com o fim de diminuir o risco de evento isquêmico cerebral em 5 anos. Com o passar das décadas, a melhora do tratamento clínico, fez com que o risco absoluto caísse de 2,5% em meados da década de 80 para 1% ao ano. Segundo o estudo CREST de 2010, o risco de complicações graves (AVC, infarto do miocárdio e morte) é de 2,5% para angioplastia e 1,4% para endarterectomia. Dessa forma, a opção pela correção cirúrgica da estenose deve ser muito bem indicada e individualizada para cada caso, levando em consideração idade e expectativa de vida, risco cirúrgico e fatores de risco bem controlados ou não. Estudos anteriores já relataram que as estenoses carotídeas podem cursar com atrofia de substancia cinzenta em comparação com indivíduos sadios e, possível desenvolvimento de declínio cognitivo e hemicoréia. Não obstante, aqueles que foram submetidos a angioplastia, reverteram ou melhoraram os sintomas após o procedimento. Objetivamos avaliar 18 pacientes portadores de estenose de carótida >70% assintomáticos, e progressão de atrofia de substância cinzenta. Dez pacientes foram submetidos à endarterectomia carotídea e, oito mantidos com tratamento clínico com aspirina e estatina. Para a determinação do grau de estenose de artéria carótida interna foi usado inicialmente ultrassom doppler e, em seguida, angiotomografia de vasos cervicais. Em se confirmando a estenose crítica (>70%), todos os pacientes foram submetidos a ressonância magnética (RM) de crânio e as imagens foram analisadas através do método de morfometria baseada em voxel (VMB). Para avaliar progressão de atrofia de substancia cinzenta, foram realizados dois exames de RM no inicio dos tratamentos propostos e nove meses após (em média). Ao final, as análises de VBM, demonstraram anormalidades significativas da substância cinzenta bilateralmente em ambos os grupos, quando avaliados isoladamente ao longo do tempo. Todavia na avaliação comparada entre os grupos submetidos aos diferentes tratamentos, não houve diferença de progressão de atrofia cortical. Nossos achados sugerem que as estenoses carotídeas assintomáticas estão associadas a alterações (atrofia) da substância cinzenta do hemisfério ipsilateral e contralateral estenose. Todavia não podemos estabelecer uma causalidade, visto que os pacientes que tiveram a estenose removida, não evoluíram com menor progressão de atrofia de substancia cinzenta. O presente estudo é o primeiro que objetivou estabelecer clara causalidade entre atrofia cortical e estenose carotídea Abstract: The ischemic stroke (IS) is a leading cause of death in Brazil and worldwide. The main causes stresses to atherosclerotic disease, in particular, formed at the carotid bulb. It can be considered symptomatic when causes ischemic stroke or transient ischemic attack. However, we know that the so-called asymptomatic stenosis, also lead to decrease of cerebral blood flow. In elderly people (over 80 years) the prevalence of asymptomatic stenosis (greater 50%) reaches 10%. In recent decades there was a significant difference in the management of asymptomatic stenosis with the advent of new medications, especially statins. However, to date occur discussions among experts about endarterectomy or not. Initial studies showed a benefit of endarterectomy to reduce the risk of cerebral ischemic events at 5 years. Over the decades, the improvement of clinical treatment has made the absolute risk fell 2.5% in the eighties to 1% per year. According to CREST 2010 study, the risk of serious complications (stroke, myocardial infarction and death) is 2.5% for angioplasty and 1.4% for endarterectomy. Thus, the choice of surgical correction of stenosis should be very well indicated and individualized for each case, taking into account age and life expectancy, surgical risk and well-controlled risk factors or not. We aimed to evaluate 18 patients with carotid stenosis > 70% asymptomatic, and progression of gray matter atrophy. Ten patients underwent carotid endarterectomy and eight held with medical therapy with aspirin and statin. To determine the degree of carotid artery stenosis ultrasound Doppler has been used initially, then, angiography cervical vessels. In confirming the critical stenosis, all patients underwent brain magnetic resonance (MRI) and the images were analyzed by morphometry method based on voxel (MBV). To evaluate progression of gray matter atrophy, MRI were performed at the beginning of the treatments proposed and nine months after (on average). At end VBM analyzes showed significant abnormalities in the gray matter bilaterally in both groups when evaluated alone over time. Yet in the comparative evaluation between the groups submitted to different treatments, there was no difference in progression of cortical atrophy Mestrado