Orientador: Luiz Roberto LopesDissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências MédicasResumo: O tratamento do Tumor Estromal do Trato Gastrointestinal (GIST) tem se aprimorado muito na última década como resultado das pesquisas biomoleculares e o uso adjuvante dos inibidores das tirosinas quinases. Entretanto, nos hospitais públicos brasileiros nem sempre são disponíveis tais ferramentas. Objetivo: Avaliar o perfil dos pacientes portadores de GIST em hospital público oncológico - Hospital Amaral Carvalho (HAC)- Jaú-SP. Métodos: Análise retrospectiva de todos os casos de GIST tratados no HAC no período de 2001 a 2013. Resultados: Foram analisados 69 pacientes, com média de idade de 59 anos e com discreto predomínio no sexo feminino (51%). A principal forma de apresentação clínica foi dor abdominal associada com achado de exame de imagem. O aparecimento de uma segunda neoplasia nos pacientes estudados portadores de GIST ocorreu em 26,1% dos casos. A positividade do CD117 foi de 97,1%. A localização mais frequente foi o estômago em 55% dos casos. A ressecção R0 foi possível em 81,1% dos casos e a taxa de recidiva foi de 23,2%, sendo fígado e peritôneo os sítios principais acometidos. A sobrevida global na amostra toda foi de 74% em 5 anos. A taxa de sobrevida livre de doença foi de 69%. A utilização do imatinibe ficou restrita aos pacientes com doença residual (ressecção R2, R1 ou metastáticos), irressecáveis ou com recidiva. Conclusão: Na análise desta série de pacientes portadores de GIST, quanto aos dados de diagnóstico, tratamento cirúrgico associado ou não ao uso do imatinibe, taxas de complicações, recidivas e sobrevida, são semelhantes aos dados encontrados na literatura, apesar de não dispormos de todos os métodos de estudo molecular do tumor e de terapêutica adjuvante para os casos considerados de alto risco. No entanto, a estratificação clínica e biomolecular otimiza a modalidade de tratamento ao paciente. Deste modo, políticas de incentivo para disponibilizar tal método e tratamento são necessáriasAbstract: There is an improvement on GIST treatment in the last decade due to bimolecular reseach and adjvant therapy with tyrosine kinases inhibitors. However, both modalities of treatment rarely are available in brazilian public hospital. Objective: We aim to evaluate patients carriers GIST in a public oncologic hospital - Amaral Carvalho Hospital (ACH) - Jau-SP. Methods: A retrospective study was made concerning patients with GIST diagnosis treated in the ACH between 2001 and 2013. Results: Sixty nine patients with GIST diagnosis were included, mean age 59 years and slight predominance in females (51%). The main symptom was abdominal pain associated with incidental finding imaging. The appearance of a second tumor in the patients studied with GIST occurred in 26.1 %. CD117 positivity was 97.1 %. The most frequent location was at the stomach in 55% of cases. R0 resection was possible in 81.1 % of cases and recurrence rate was 23.2 %, with liver and peritoneum being the main sites affected. Five years overall survival in the whole sample was 74%. Free survival rate of disease was 69%. Imatinib treatment was limited to patients with residual disease (unresectable disease, R2 and R1 resection), metastatic disease or recurrence. The use of adjuvant treatment was not possible as the risk stratification due to current legislation in the Health System. Conclusion: The analysis of this series of patients with GIST, as the diagnostic data, surgical treatment with or without the use of imatinib, rates of complications, recurrence and survival, are similar to data found in literature, although we do not have all the molecular tumor study methods and adjuvant therapy for cases considered high risk. However, clinical or biomolecular stratification optimizes the mode of treatment to the patient. Thus, incentive programs to provide such a method and adjuvant therapy are neededMestradoFisiopatologia CirúrgicaMestre em Ciências