Tesis
Avaliação pré-operatória de biomarcadores séricos em mulheres com massas anexiais = Preoperative evaluation of serum biomarkers in women with adnexal masses
Preoperative evaluation of serum biomarkers in women with adnexal masses
Registro en:
Autor
Yoshida, Adriana, 1975-
Institución
Resumen
Orientadores: Luis Otavio Zanatta Sarian, Sophie Françoise Mauricette Derchain Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas Resumo: Introdução: O câncer de ovário é o mais letal entre os cânceres ginecológicos. Apresenta-se em estágios avançados em 70% dos casos, com sobrevida de menos de 30% em 5 anos. As massas anexiais são frequentes tanto na pré quanto na pós menopausa. O diagnóstico é difícil pois exige procedimentos invasivos como laparotomia ou laparoscopia. A maioria dessas massas é benigna, porém 30% delas são malignas na pós menopausa. Os marcadores tumorais são ferramentas úteis na predição de malignidade das massas pélvicas. Quando existe suspeita de câncer, a paciente deve ser encaminhada para diagnóstico e tratamento em centro terciário, onde será operada por cirurgião oncológico, obtendo uma melhora do prognóstico. Quando há suspeita de benignidade, a mulher deverá ser tratada em centro secundário ou ser acompanhada. Objetivos: 1) Comparar os algoritmos Copenhagen Index (CPH-I) e Risk of Ovarian Malignancy Algorithm (ROMA) na predição de malignidade em mulheres com massas anexiais 2) Determinar o papel da Proteína C Reativa (CRP), na diferenciação dos tumores benignos dos malignos, comparando sua performance com a do CA125 e do Ovarian Score (OVS) que associa ambos os marcadores com o estado menopausal. Métodos: O estudo foi realizado no Hospital da Mulher (CAISM), da Universidade Estadual de Campinas, que é um hospital terciário, no período de janeiro de 2010 a junho de 2015. As pacientes encaminhadas por massa anexial foram convidadas a participar. Todas as pacientes incluídas assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido. Amostras de sangue foram obtidas antes da cirurgia e armazenadas para a dosagem de marcadores séricos. As pacientes foram operadas e tiveram a análise histopatológica realizadas nesta única instituição. No primeiro artigo, foram incluídas 384 mulheres, sendo 160 com tumores malignos e 224 com tumores benignos/não neoplásicos. Os índices CPH-I e ROMA foram calculados, assim como a Area Under the Receiver Operating Characteristic Curve (AUC), sensibilidade e especificidade. Ambos algoritmos utilizam na sua fórmula níveis séricos de CA125, HE4, porém o CPH-I utiliza a idade da paciente, ao passo que, o ROMA utiliza o estado menopausal. No segundo artigo, 293 pacientes foram incluídas, sendo 122 com tumores malignos e 171 com tumores benignos/não neoplásicos. Foram dosados níveis séricos pré- operatórios de CRP, CA125. O OVS foi utilizado para comparar a performance dos marcadores isolados ou em associação com o estado menopausal, na predição de malignidade das massas anexiais. Resultados: No primeiro artigo, as melhores AUCs do CPH-I e ROMA obtidas foram na discriminação de carcinomas de doenças benignas (0,94 e 0,93, respectivamente). Quando se acrescentaram tumores borderline, metástases ovarianas e os tumores malignos não epiteliais aos carcinomas, as performances do CPH-I e ROMA cairam, com sensibilidade de 72%, e especificidade de 84%. No geral, a performance do CPH-I foi semelhante ao ROMA. No segundo artigo, o CA125 e o OVS apresentaram uma performance significativamente melhor que o CRP na diferenciação de tumores benignos dos carcinomas ovarianos (AUC de 0,86 para CA125, 0,79 para OVS e 0,73 para o CRP). As sensibilidades e especificidades foram de 52,5% e 83%, respectivamente para a CRP; 77,9% e 66,7%, respectivamente para o CA125 e 71,3% e 67,8%, respectivamente para o OVS. Nas Receiver Operating Characteristics (ROC) curvas, avaliando a performance do CA125 e da CRP de acordo com o estado menopausal, obtivemos uma melhor performance do CA125 em relação a CRP na diferenciação dos tumores benignos dos malignos, tanto na pré quanto na pós menopausa. Conclusões: O CPH-I e ROMA apresentaram performances similares na discriminação das massas malignas das benignas. No entanto, é necessária cautela na interpretação dos resultados, já que as sensibilidades do CPH-I e ROMA se aproximaram de 70% na diferenciação dos tumores benignos dos malignos. O OVS apresentou um desempenho similar ao CA125 na diferenciação de tumores benignos dos malignos. A adição do CA125 e do estado menopausal aumentou o desempenho relativamente baixo do CRP, quando utilizado de forma isolada, na diferenciação de massas anexiais Abstract: Introduction. Ovarian cancer is the most lethal gynecological cancer. This disease presents in advanced stages in 70% of the cases, and less than 30% of women will survive five years. Adnexal masses are frequent in pre and postmenopausal women. Diagnosis is difficult, since investigation of adnexal masses demand invasive procedures such as laparotomy or laparoscopy. The majority of these adnexal masses are benign, but 30% of postmenopausal women may harbor a malignant tumor. Serum tumor markers are useful tools to predict malignancy of adnexal masses, and in the case of suspicious mass, women should be referred to a tertiary center to diagnosis and treatment by an oncological surgeon, resulting in improvement of prognosis. In the case of presumed benign adnexal mass, women should be operated in secondary centers or be submitted to surveillance. Aims. 1) To compare the performances of Copenhagen Index (CPH-I) and the Risk of Ovarian Malignancy Algorith (ROMA) in the prediction of malignancy of adnexal masses. 2) To investigate the role of C ¿ reactive protein (CRP) in the differentiation of benign from malignant ovarian tumors, and compare the performances of CRP, CA125 and Ovarian Score (OVS) which combines both biomarkers serum levels with menopausal status. Methods. The study was conducted at Women¿s Hospital (CAISM), a tertiary cancer center, from State University of Campinas, from January 2010 to June 2015. Women referred with adnexal masses were invited to participate. All included women signed an informed consent. Blood was collected before surgery from venous puncture and stored until biomarkers analysis. Women were submitted to surgery and had the histopathologic analysis in this single institution. In the first manuscript, 384 patients were included, 160 with malignant ovarian tumors and 224 with benign/non neoplasic tumors. The CPH-I and ROMA were calculated, as well as their Area Under the Receiver Operating Characteristic Curve (AUC), sensitivity and specificity. Both algorithms involve serum levels of CA125, HE4 and age in the case of the CPH-I, while ROMA utilizes the menopausal status. In the second manuscript, 293 women were included, 122 with malignant ovarian tumors and 171 with benign/non neoplastic tumors. Preoperative dosase of CRP, CA125 were obtained. The OVS, which combines serum levels of both biomarkers with the menopausal status, was calculated to compare the performance of isolated CRP and CA125 with OVS, in the prediction of malignancy of adnexal masses. Results. In the first article, the best CPH-I and ROMA AUCs were obtained in the discrimination of epithelial ovarian cancer from benign diseases (0.94 and 0.93 respecively). When borderline ovarian tumors, ovarian metastases and non epithelial ovarian cancer were added to epithelial ovarian cancer, performances of CPH-I and ROMA decreased with sensitivity of 72% and specificity of 84%. Overall, CPH-I performance was similar to ROMA. In the second article, CA125 and OVS presented a significantly better performance than CRP, in the differentiation of benign from epithelial ovarian cancer (AUC = 0.86 for CA125, 0.79 for the Score and 0.73 for CRP). Sensitivity and specificity were 52.5% and 83%, respectively for CRP; 77.9% and 66.7%, respectively for CA125 and 71.3% and 67.8%, respectively for OVS. In Receiver Operating Characteristics (ROC) curves, which shows the CA125 and CRP performances according to the menopausal status, we obtained a better performance of CA125 over CRP in the differentiation of benign from malignant tumors both in pre and in postmenopausal women. Conclusions. CPH-I and ROMA presented similar performances in the discrimination of malignant from benign masses. Nevertheless, caution is necessary in the interpretation of these results, since CPH-I and ROMA sensitivities were approximately 70%, in the differentiation of benign from malignant tumors. OVS was similar to CA125 in the differentiation of benign from malignant ovarian tumors. The association of CA125 and menopausal status enhanced the relative low power of isolated CRP in the discrimination of adnexal masses Doutorado Tocoginecologia Doutora em Ciências da Saúde 2012/15059-8 FAPESP