Tesis
Definição do ponto de corte da carga viral quantitativa do citomegalovírus para o tratamento preemptivo baseado na correlação com a antigenemia pp65, cinética viral e desfecho clínico em receptores de transplante cardíaco
Threshold of cytomegalovirus quantitative viral load for preemptive therapy based on pp65 antigenemia, viral kinetics and clinical outcome among heart transplant recipients
Registro en:
Autor
Telles, Paula Fernanda Gomes, 1984-
Institución
Resumen
Orientadores: Mariângela Ribeiro Resende, Sandra Cecília Botelho Costa Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas Agência de fomento: Agência de fomento: Resumo: Embora as diferentes estratégias de monitorização do Citomegalovírus (CMV) pós transplante de órgãos sólidos (TOS) sejam baseadas no risco de desenvolvimento de doença ativa, não existe um ponto de corte da carga viral estabelecido universalmente para início de início de terapia preemptiva (TP). Esse estudo se propõe a determinar o ponto de corte para monitorização do CMV baseado na antigenemia pp65 (Agpp65), cinética viral e desfecho clínico em uma coorte de recetores de transplante cardíaco (RTC) em cenário de alta prevalência. Foi realizado um estudo prospectivo envolvendo pacientes que receberam transplante cardíaco no Hospital de Clínicas da Unicamp no período de dezembro de 2011 a dezembro de 2013. As amostras de plasma foram obtidas semanalmente até 180 dias pós transplante e sempre que houvesse suspeita de doença ativa pelo CMV. A Agpp65 e o o teste de amplificação do ácido nucléico quantitativo (QNAT) foram analisados concomitantemente. A concordância entre os testes foi avaliada através do coeficiente Kappa (?). A curva ROC para os valores de ponto de corte da carga viral foi calculada com base no valor específico da Agpp65 ? 5 células positivas/100.000 leucócitos, assim como os demais parâmetros do teste. A estimativa da cinética viral no plasma foi calculada através do doubling time (dt). No período foram avaliados 25 RTC, todos com sorologia IgG positiva para CMV.Durante o seguimento clínico 15 (60%) dos pacientes apresentaram infecção ativa ou doença pelo CMV. Das amostras analisadas, 116 (35,3%) apresentaram resultados discordantes, sendo que 100 (30,3%) foram positivas exclusivamente pelo QNAT. Linearidade foi observada entre os testes e a área sob a curva ROC foi de 0.8686493 (0.8081144 -0.9291842). Em relação aos parâmetros do CMV QNAT, um ponto de corte ? 565 UI/ml (1000 copias/ml) mostrou acurácia diagnóstica (AD) de 88,4% e valor preditivo negativo (VPN) de 92,9%. Para o ponte de corte ?1695 UI/ml (3000 cópias/ml) a AD foi pouco menor (88,4%), porém o VPN caiu para 88,7% e a sensibililidade para 45%. Em relação à cinética viral, a carga viral inicial foi maior entre os que necessitaram de TP, porém não significativa (p=0,106). O dt foi menor no grupo que apresentou doença pelo CMV (p=0,024). Após o início do tratamento, o tempo para supressão viral foi maior quando avaliado pelo método QNAT do que pela Agpp65 (p = 0,023). Ao analisar retrospectivamente, 54% dos pacientes apresentavam QNAT positivo ao final do tratamento. Os desfechos clínicos nos grupos com e sem CMV ativo foram semelhantes. Considerando a performance dos parâmetros obtidos, o ponto de corte definido para definir infecção ativa e início da terapia preemptiva em RTC assintomáticos e com risco intermediário para o desenvolvimento de CMV foi de 565 UI/ml (1000 cópias/ml). Em nosso estudo menores dt foram relacionados a maior risco de doença órgão invasiva. A maior sensibilidade e possibilidade de obtenção de dados sobre a cinética viral estão entre as principais razões pelas quais o QNAT tem se firmado como o método de preferência para a monitorização do CMV Abstract: Although different surveillance strategies for cytomegalovirus (CMV) after solid organ transplant (SOT) are recommended based on the risk of active disease, a specific quantitative viral load threshold for starting preemptive therapy has not been established universally. This study was performed to determine a viral load threshold for monitoring CMV infection based on antigenemia pp65 (pp65Ag) viral kinetics and the clinical outcome in a cohort of heart transplant recipients (HTR) in a high-prevalence setting. A prospective study was performed involving HTR at a Clinics Hospital of the State University of Campinas from December 2011 to December 2013. Plasma samples were obtained weekly until 180 days post-transplantation and whenever CMV disease was suspected. Pp65Ag and CMV quantitative nucleic acid amplification testing (QNAT) were analyzed concomitantly. The agreement between tests was evaluated using the kappa coefficient (?).Receiver-operating characteristic (ROC) curves of viral load cut-off values were calculated for the specific pp65Ag value (? 5 positive cells/100,000 leukocytes) as well as others parameters assay. An estimation of CMV plasma viral load kinetics was calculated using the viral doubling time (dt). Three hundred twenty-nine samples were evaluated from 25 heart transplant recipients with CMV serology reagent pretransplantation. During the follow-up, 15 (60%) patients had active CMV infection or disease. In 116 (35.3%) samples, discordant results were observed, in which 100 (30.3%) were positive by CMV QNAT, exclusively. Linearity was observed between the assays, and the area under the ROC curve was 0.8686493 (0.8081144 -0.9291842). Regarding QNAT CMV parameters, a threshold of ? 565 IU/ml (1,000 copies/ml) showed a diagnostic accuracy (DA) of 88.4% and a negative predictive value of 92.9%. For a threshold higher than ?1695 IU/ml (3,000 copies/ml), DA was slightly reduced (87.2%), the negative predictive value decreased to 88.7% and the sensitivity was 45%. An analysis of viral kinetics showed that patients who developed CMV disease had a significantly lower doubling time (p = 0.024). Clinical outcomes were similar between those groups with and without active CMV infection or disease. Considering the performance parameters, the local threshold chosen for defining active CMV infection and beginning preemptive CMV therapy in asymptomatic HTR at intermediate risk of CMV was ? 1,000 copies/ml. Viral kinetics, expressed as doubling time values, could predict the progression to CMV disease in this group. These results reinforce the necessity of QNAT implementation as a follow-up for solid organ transplant recipients mainly in a preemptive therapy scenario with the continuous reassessment of the adequate threshold based on the risk group and clinical outcome Mestrado Clinica Medica Mestra em Clínica Médica
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